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quinta-feira, 30 de junho de 2011

A GRAÇA SUFICIENTE DE DEUS


TEXTO: HEBREUS 12.15.

Introdução: O escritor aos Hebreus, fala pela quinta vez na sua carta, sobre o perigo de alguém ficar fora do propósito de Deus, mesmo tendo participado do conhecimento desse propósito. (2.1-4; 4.1-2; 6.4-12; 10.26-39). Eis, portanto as recomendações, para que não descaiamos da graça de Deus, pois não ficaria impune tal crente (10.31).

1) O que vemos é a preocupação do autor com seus leitores originais (5.11- 14; 6.1), principalmente os que eram “mancos e fracos” na fé, que estavam prestes a voltar ao judaísmo. Ele mostra que um diligente ministério de ensino, acrescentado à busca pelas virtudes e poderes do Espírito Santo, haveria de encorajar os crentes manquejantes a se dedicarem totalmente a Cristo. O crente, principalmente o novo convertido, ou aquele cristão, que já está há tempos na casa de Deus, porém, continua uma criança espiritual, deve saber que o florescimento da vida espiritual não é algo automático. Vem através da comunhão pessoal, da disciplina espiritual e a busca pelas realidades divinas (1Pe 2.1,2; 2Pe 3.18).

2) “Se prive da graça de Deus” literalmente, “caindo de volta de algo”, subentendendo que houve anterior vinculação com a graça de Deus. Crentes genuínos por algum motivo, podem estar privados da graça. A graça é como a seiva no mundo vegetal (Jo 15.5).

3) “Graça” notemos, neste ponto, que a graça não é automática, mesmo sendo uma dádiva de Deus. Ela deve ser diligentemente aplicada e preservada; suas provisões devem ser cumpridas; suas exigências devem ser aprendidas e seguidas. Em primeiro lugar, exige a fé (Hb 11.1); a fé requer a santificação (1 Ts 4.3).

4) “Raiz de amargura” (Dt 29.18). O autor deve ter tido conhecimento de dificuldades e dissensões no seio da igreja de seus leitores originais. Deve ter havido elementos de contendas e ódios, de más competições por poder e glória. Com isso os crentes novos eram sufocados e sua fé destruída, ao invés de serem edificados na fé. O autor usa a metáfora baseada na vida agrícola. Algumas plantas são amargosas, prejudiciais e venenosas e não devem medrar entre o trigo ou outras plantas benéficas ao homem. Uma raiz de amargura indica uma planta venenosa, pois a maioria das plantas venenosas, quanto mais amargas são, maior é a sua dose de veneno. Aqui a raiz de amargura é usada para indicar uma ação maléfica, ou um individuo que ensina doutrinas doentias (1Tm 6.20; 1Co 15.33). O escritor diz que: “brotando, vos perturbe”. A planta venenosa é vigorosa; absorve todos os nutrientes existentes no solo, deixando-o seco e estéril para o crescimento de plantas boas. Essa planta forte, mas deletéria, amplia suas raízes por toda parte, e logo surgem plantinhas secundárias. Não demora a não mais haver trigo no campo, mas somente as plantas semeadas por Satanás.

5) “Vos perturbe, e muitos sejam contaminados”. Não há nada que cause mais desassossego na igreja que as raízes de amargura. Essa condição destruirá totalmente a paz e a harmonia da igreja (Gl 5.15).

6) O desejo de Deus, através do autor da carta aos Hebreus é que sigamos a paz com todos, e a santificação, para que não sejamos privados da graça que nos foi dada através de Cristo (Jo 1.14,17), é suficiente para a vida cristã (2Co 12.9) e fortifica a alma do crente (2Tm 2.1). A graça é o antídoto contra o veneno da amargura (Ef 5.20)



Pr. Daniel Nunes

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