Pages

terça-feira, 24 de setembro de 2019

A ÉTICA NAS EXPRESSÕES VERBAIS DO PASTOR (FALA).



A fala é a utilização oral da língua pelo indivíduo. Na fala usamos todo nosso aparelho fonador para comunicarmos. Quero falar exatamente sobre o uso da fala, as expressões verbais usadas pelo pastor ou obreiro do Senhor. Partindo da verdade Bíblica que o pastor é o exemplo do rebanho (1Pe 5.3), e a recomendação do escritor aos Hebreus que os crentes devem imitar ao seu pastor (Hb 13.7), quero falar da ética na fala do pastor.
A fala é uma das maiores expressões culturais de um povo. É, também, podemos dizer, o meio de comunicação mais convincente. Portanto, o obreiro, como um comunicador do evangelho, deve saber usar com a maior propriedade possível esse meio. Há aqueles que dizem: “Se o povo, qual o qual vou trabalhar fala de qualquer modo, eu devo também falar da maneira deles”. O pastor não pode esquecer que ele é um padrão, um exemplo a ser seguido. Podemos dizer, que o pastor faz também o papel de pedagogo na sociedade onde está trabalhando, levando as crianças na fé ao caminho do aprendizado, e isso em todos os sentidos.
Eugene H. Peterson, falando sobre o pastor que Deus usa, diz: “Todo trabalho do pastor acontece dentro do cenário da Igreja: a comunidade da fé. Ele não é o capelão de apenas alguns indivíduos, nem um preletor impessoal que só dirige a multidões. Antes é posto dentro de uma comunidade com a tarefa de edifica-la”.
John Angell James, em seu livro “ A grandeza do pastorado”. Um livro que fala sobre “um ministério que faz a diferença em um mundo indiferente”, nos diz assim: “Quando se trata de proferir sermões, pensamos em voz e gesto, ou no que Demóstenes chamou de ação. Demóstenes ao ser perguntado sobre qual era a primeira excelência de um orador, respondeu: “Ação”. Qual a segunda? “Ação”. Qual a terceira? “Ação”. James conta que depois da morte de um pregador, foi achado sobre sua mesa um bilhete fechado de alguém que tinha ouvido o seu último sermão. O bilhete dizia o seguinte: “Perdoe-me pelo fato de, sendo estranho, dirigir-lhe algumas palavras. Eu o ouvi pregar na noite do último sábado, e foi da vontade de Deus abençoar aquele sermão para a minha vida. Não foi tanto o que o Senhor disse, mas sua maneira de falar, que me impressionou. Eu vi no senhor uma beleza de santidade que jamais havia visto antes”.
Lembro, porém, que este não se trata de um estudo homilético, que está atrelado apenas no momento da ministração da Palavra de Deus, mas à vida cotidiana do pastor. O obreiro deve se policiar, para que suas expressões verbais, quer sejam em público, com a família, com amigos em particular, são sejam de modo que venham denegrir a imagem de um homem de Deus, mas, sobretudo, glorificar a Deus (1Co 10.31).
Há obreiros que não medem as consequências de suas palavras. Algumas vezes, até palavras de baixo calão. Palavras chulas, que não devem sair da boca de um servo de Deus. Pois, a Palavra nos recomenda: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, más só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça as que a ouvem” (Ef 4.29). Paulo, ainda nos diz: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como convém responder a cada um” (Col 4.6).
É inconcebível um pastor de “boca suja” como acostumamos dizer. Nosso vocabulário deve ser o mais limpo possível. Não estou dizendo que deve ser um português polido, clássico (Seria bom que fosse), mas uma linguagem sadia, que desde um infante até ao ancião, possa ouvir sem ferir seus princípios.
Hoje em dia, há uma onda de pastores que falam até palavrões imorais nos púlpitos. Deus tenha misericórdia de nós! Jesus disse: “Mas vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12.36.37).
Sabemos que os indivíduos vem de diferentes classes sociais. De criação diferente. Isso pode querer justificar algumas vezes as diferentes maneiras de se expressar. Porém, todos aqueles que passaram pelo processo do novo nascimento, e optaram pelo ministério pastoral, devem passar pela reciclagem de Jesus, como os discípulos passaram (At 4.13). Todos aqueles que passam pela faculdade do rabi da Galileia, aprendem e se acostumam a falar como ele (Mt 26.73).
Escrevendo a Tito, pastor na ilha de Creta, Paulo diz: “Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós” (Tt 2.7,8). O grego para “sã” é hugies, que significa sadio, saudável, de boa saúde. Gosto da Nova Versão Transformadora da Bíblia, que diz: “Sua mensagem deve ser tão correta, a ponto de ninguém o criticar...”.
O vendedor, o bancário, o médico, o comerciante, enfim, todos os profissionais, se esmeram em falar cada vez melhor, para poder tratar com qualidade aqueles que estão inseridos em seu contexto social. Será que o pastor não precisa estar se esmerando a cada dia? Creio, que se um professor é cobrado pelo seu linguajar, o que dizer do pastor? Muito mais devemos cuidar de nosso vocabulário, de nosso linguajar. Talvez seja por isso que Paulo exorta a Timóteo dizendo: “Persiste em ler...” (1Tm 4.13), pois, quem mais lê, melhor fala. Seja por costume, por criação ou por influencia da sociedade, caso o pastor ou obreiro tenha uma linguagem vulgar, precisa corrigir com pressa.
São muitos provérbios bíblicos que nos falam sobre a linguagem. “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Pv 25.11); “Desvia de ti a tortuosidade da boca e alonga de ti a perversidade dos lábios” (Pv 4.24); “A boca do justo é manancial de vida ...” (Pv 10.11); “Prata escolhida é a língua do justo...” (Pv 10.20); “A boca do justo produz sabedoria em abundancia ...” (Pv 10.31); “Há alguns cujas palavras são como pontas de espada, mas a língua dos sábios é saúde” (Pv 12.18).
C.L. Spurgeon, em Lições para meus alunos, volume 2, diz: “Mesmo em vossas recreações, lembrem-se de que são ministros. Quando está fora de mira, ainda continuam sendo oficiais do exército de Cristo, e, como tais, não se rebaixem”.
Não podemos esquecer o que disse Salomão em Provérbio 18.21: “A morte e a vida estão no poder da língua”. Portanto, não é aconselhável ao obreiro ter uma linguagem baixa, chula, de baixo calão. Nem por brincadeira devemos emprestar nossa boca ao pecado (Tg 3. 10-12).  
Concluo dizendo que o pastor deve evitar as gírias e linguagem vulgar, porque, a maioria das gírias são também deselegante para serem usadas pelo embaixador dos céus.
Que o Senhor nos ajude.

Pr Daniel Nunes da Silva

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A IGREJA NÃO PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO



Texto 1Co 15. 51-58

I.    A Igreja e a segunda vinda de Cristo. Desde que Jesus prometeu voltar (Jo 14. 1-3), e os anjos ratificaram essa promessa no dia de sua ascensão aos céus (At 1.10,11), que os crentes esperam esse glorioso evento acontecer. Como também, desde há muito tempo, alguns zombam do povo de Deus, como vemos na 2ª Carta de Pedro 3. 3,4, que diz: “Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”. Mas nós, estamos firmados na promessa dele,  como disse o escritor aos Hebreus: “Retenhamos firme a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu” (He 10.23).

1.    O destino da Igreja. Estamos na dispensação da graça, ou dispensação eclesiástica (da igreja) (Mt 16.18; Ef 1. 22,23; 3. 9-11). Rapidamente se aproxima o final de todas as coisas.  Tudo se cumprirá da maneira como foi determinado pelo Senhor. O retorno de Cristo é algo iminente (Rm 13.11).
·       Vejamos qual o plano de Deus
a.    Todos os crentes falecidos, em Cristo (Ap 14.13; Sal 116.15; 2Co 5.17; Fil 1.23), serão ressuscitados dentre os mortos, e na mesma ocasião os crentes que estiverem vivos, serão transformados e raptados para encontrarem com Cristo nos ares (1Ts 4. 13-17; 1Co 15.51-52; 2Co 5. 2).
b.    Quando Jesus disse á Marta irmã de Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25a), para os que falecerem possuídos de uma fé viva em Cristo, Ele será “ressurreição”; e para os que estiverem vivos e crentes no Evangelho , Cristo será “vida”, quer dizer, a energia que transformará, num abrir e fechar de olhos, seus corpos corruptíveis em incorruptíveis e imortais.
c.     Os dois episódios de arrebatamentos no Antigo Testamento, de  Enoque (Gn 5.24; He 11.5), e Elias (2Rs 2.11), nos dá segurança maior ainda, para pregarmos com muita convicção que Jesus arrebatará a sua igreja da terra.
d.    O monte da transfiguração (Lc 9. 28-31). Vemos aqui, como diz Lawrence Olson, uma espécie de ensaio do arrebatamento. Primeiro, Cristo estava exatamente no estado glorioso, que será seu estado que ele voltará para buscar a sua igreja (Ap 1.13-16); segundo, ai vemos os tipos de pessoas que ingressarão em seu reino: Moisés, representando os cristãos falecidos, porém, falando com Jesus e glorificados, e Elias, os cristãos que não provarão a morte, porém, com corpos gloriosos e também falando com Jesus (Fil 3.20,21; 1Jo 3.2). Quer dizer, nos que cremos na Bíblia, como a inerrante Palavra de Deus, temos viva certeza, que vivos ou mortos, vamos estar com o Senhor um dia e para sempre.

2.  O tempo do arrebatamento. É quase unanimidade entre os escatologistas cristãos evangélicos, que a segunda vinda de Cristo será um só evento,  porém, o mesmo ocorrerá em duas fases distintas.
a.  Primeiro ocorrerá o arrebatamento, ou o rapto da igreja.  Será a transladação dos crentes, tanto vivo quanto mortos, para estarem na presença de Cristo, nos ares (1Ts 4.13-18).
b.  Tribunal de Cristo.  Após o rapto haverá um período de tempo, que poderá durar até sete anos, o qual terá lugar o juízo ou o julgamento da igreja, (Não será julgamento de pecados) no chamado “tribunal de Cristo”, onde os crentes receberão os galardões das mãos do Senhor (2Co 5.10; 1Co 3.12-15; Ap 22.12; 1Pe 5.4; 2Tm 4.8).
c.   As bodas do Cordeiro. Haverá também as bodas do Cordeiro, no céu, na qualidade de noiva a Igreja, em um sentido figurado, se casará com Cristo. Isso fala de um relacionamento fiel e eterno da Igreja, a qual foi comprada pelo sangue do Cordeiro (2Co 11. 2; Ap 19.6,7).

II.  A grande tribulação.

1.  Quando ocorrerá. Autores consagrados, como: Lawrence Olson, William W. Menzies, Stanley M. Horton, Myer Pearlman, Armando Chaves Cohen, Eurico Bergstén, Orlando Boyer, Henry, C. Thiessen, Antônio Gilberto, Elinaldo Renovato, Ezequias Soares, etc. todos entendem biblicamente que se dará após o arrebatamento da Igreja.
Durante esse período o anticristo reinará sobre a terra, e depois de 7 anos o Senhor se revelará de forma totalmente visível, que será a segunda parte do “grande evento” da sua segunda vinda (Mt 24.30; Zc 14.4,5; Col 3.4; 1Ts 3.13; Jd 14. Será sua manifestação com poder e grande gloria a Israel e às nações do mundo. O arrebatamento será um evento secreto (1Ts 5.2), enquanto a revelação será visível e amplamente divulgada para todo mundo (Ap 1.7).
Interessante, que quando João evangelista escreveu isso, ele não sabia, nem tampouco passava por sua cabeça que em nossos dias atuais, os meios de comunicação seriam tão avançados. Hoje, o que se passa nas ilhas mais longínquas, em seguida todos do planeta terra já sabem e estão vendo. Até aquilo que passa em outros planetas já estamos vendo em fração de minutos.
a.  Em Apocalipse 19. 8,14 está declarado que Cristo trará consigo “...os exércitos que há nos céu em cavalos brancos e vestidos de linho, branco e puro”.  Lawrence Olson diz: “Esses só podem ser os santos previamente arrebatados. Logicamente esses santos não poderia voltar com Ele a não ser que fossem primeiro reunidos a Ele, fato que ocorrerá no momento do rapto da Igreja”. Esse santos reinarão com Cristo durante o período milenial.
b.  Os midi-tribulacionistas e os pós-tribulacionistas. São aqueles que entendem que a igreja será arrebatada no meio da grande tribulação, quer dizer, com três ano e meio, e os que entendem que a igreja será arrebatada no final, e que ela passará por toda a grande tribulação.
·     Nós não cremos assim. Somos chamados de pré-tribulacionistas. Pois cremos que a igreja do Senhor, será levantada da terra, antes que chegue esse grande e terrível dia do Senhor, como diz em Malaquias 4. 1,2 “Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem a impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como bezerros do cevadouro”.
·     O Senhor disse a Ló, que não poderia fazer nada contra a terra de Sodoma e Gomorra enquanto não tirasse ele e sua família de lá, e logo que ele chegou em Zoar, o sol saiu (Gn 19. 17-23).

2.    Razões bíblicas porque cremos  que a Igreja não passará pela grande tribulação.
a.  Nenhuma passagem na Bíblia fala, digamos, claramente, objetivamente, que a igreja passará pela grande tribulação. Israel sim, sempre está identificado como passando pela grande tribulação, bem como as nações ímpias de todo mundo, mas a igreja não.
b.  O livro do Apocalipse, ou das revelações, é um tratado da  “septuagésima semana de Daniel” (Dn 9.27).
·     A história da igreja está registrada nas cartas às sete igrejas da Ásia menor, nos capítulos 2,3. Isso representa a história universal da igreja do Senhor Jesus, desde sua inauguração no dia de pentecoste até o rapto. A partir do capítulo 4, começou a revelar o que aconteceria “Depois destas coisas” (4.1), isto é, depois do período da Igreja. Os capítulos 9 a 19 descrevem o período da Grande Tribulação. É interessante e significativo que em todos esses capítulos a Igreja não é mencionada nenhuma vez.
·     No capítulo 4, os 24 anciãos sentados sobre tronos em volta do trono de Deus, como representantes da Igreja arrebatada que já recebera seus galardões e que já se sentara com Cristo em tronos (Ap 3.11).
·     Em Apocalipse 19.4-8 vemos a Igreja voltando com Cristo a terra para reinar. Naturalmente, para poder voltar, seria necessário primeiro estar com Cristo.

c.     Uma grande promessa feita à Igreja de Filadélfia. Por todas as características dessa Igreja, certamente ela representa a verdadeira igreja do Senhor Jesus Cristo nos dias do arrebatamento. Vejamos a promessa: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). Vemos que aqui a “tentação”, se trata de uma tribulação de âmbito mundial “tentação que há de vir sobre todo mundo”. O pastor Elinaldo Renovato diz o seguinte: O livramento da “hora da tentação”, ou da “provação”, que virá sobre todo o mundo não se refere apenas à igreja de Filadélfia, mas é uma advertência a todas as igrejas cristãs: Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3.13,22). Continua ele: “A igreja não estará mais na terra quando começar a Grande Tribulação. Ela passará, sim, pelo “princípio das dores” (Mt 24.8).

d.    A Grande Tribulação será um período de sete anos de sofrimentos jamais visto e sem nenhum parâmetro jamais ocorrido em todo o mundo (Dn 9.27; Ap 12.12).
·       É também chamado de “a grande aflição” (Mt 24.21);
·       “Tempo de angustia” (Dn 12.1);
·       “Angustia de Jacó” (Jr 30.7);
·       Essa angustia vai superar tudo aquilo que o mundo já tenha provado até então (Lc 21.25,26; Sf 1.14, 15).

e.      A Grande Tribulação representa um período de juízo ou ira de Deus sobre um mundo ímpio, a “igreja” apóstata e Israel em rebeldia. Os grande e terríveis juízos de Deus  vão acontecendo pouco a pouco  o tríplice agir de Deus nesse tempo:
·       na medida que o Cordeiro, vai abrindo os sete selos um a um (Ap 6. 1-17);
·       Com a abertura do sétimo selo, começa o toque das sete trombetas (Ap 8.1-13; 91-21; 11. 15-19); e,
·       culmina com o derramar das sete taças, que são as últimas pragas ou flagelos de Deus sobre o mundo (Ap 15. 1; 16.1-20). Assim se consuma a ira de Deus : “... se lembrou Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira” (Ap 16.19b).
f.     Em contraste com esse castigo que Deus manda sobre a terra, temos a promessa de Jesus para a sua Igreja “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação (juízo), mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Ler ainda (1Ts 5.9; Rm 5.9; 1Ts 1.10). O ímpio está destinado a sofrer as pragas de Deus, mas o fiel escapará.
g.    O contexto de  1ª Tessalonicenses 5.9 mostra-nos que a ira de Deus virá, de fato, após o arrebatamento, isto é: durante a Grande Tribulação – Stanley Horton.
h.     Fica mais que evidente, pois, que nenhuma parte da Igreja de Cristo será deixada na terra para sofrer os julgamentos de Deus durante a Grande Tribulação.  Pois esses julgamentos serão a plena manifestação da ira de Deus (Ap 6.16,17; 11.18; 14.10.19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).
i.      O que me encoraja ainda mais em dizer que a igreja não estará na terra nesse tempo de angustias,  é ler e ouvir o que o velho apóstolo escreveu sobre suas revelações na ilha de Patmos, dizendo que, ao toque da sexta trombeta, e já estando a terra, quase que totalmente devastada, mesmo assim ele nos diz: “E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar” (Ap 9.20). Com certeza, esse versículo exclui a presença da igreja salva nesse período disse Horton. Outros lugares ainda falam sobre o dia da ira que revelará os justos julgamentos de Deus sobre os corações impenitentes e rebeldes (Rm 2.5; Ef 5.6; Col 3.6; 1Pe 4.5). A tribulação que passamos hoje, segundo Paulo, ela é “leve e momentânea” (2Co 4.17). Nós não estamos esperando a ira de Deus, e sim, quer morramos, quer vivamos, estamos esperando o arrebatamento para estarmos para sempre com o Senhor.
Paulo diz, que nós, os que temos as primícias do Espírito já estamos gemendo (Rm 8.18-23). Já passamos por lutas e aflições, sendo essa uma certeza, pois nosso Senhor Jesus Cristo disse: “... no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16. 33).
j.      A Grande Tribulação, mesmo que será abrangente a todo mundo, tem a ver especialmente com Israel (Jr 30. 4-9; Dn 12.1; Mt 24. 15,21).
k.    O tempo da graça, ou o período da igreja vai da 69ª a 70ª semana de Daniel (Semana de anos) (Dn 9.24-27). A morte de Cristo (o Messias) deu-se depois da 69ª semana (v 26). Neste ponto teve início a dispensação da graça, ou o tempo da Igreja do Senhor na face da terra (Jo 1.17), que irá até o dia do arrebatamento, antes da Grande Tribulação (At 15. 14-18; Am 9.11,12; Rm 11.25,26).
l.      Paulo também deixa-nos claro que a salvação da Igreja inclui a salvação da ira vindoura (1Ts 1.10; 5.9). Por isso ensinamos, que devemos esperar a vinda de Cristo e nunca a Tribulação.
m.  O ensino tipológico do Antigo Testamento, apresenta José como um tipo de Cristo. Ele casou-se com Asenate, uma mulher estrangeira, gentílica,  durante o tempo de sua rejeição por parte de seus irmãos e antes dos sete anos de fome (Gn 41. 45). Semelhantemente, Cristo receberá a sua noiva, que na sua maioria também é gentílica , durante o tempo de sua rejeição por parte dos seus irmãos segundo a carne, Israel (Jo 1.11; At 13.46-48).
n.    Enoque foi considerado como tipo dos crentes arrebatados antes da Grande Tribulação, pois a  sua transladação se deu antes do diluvio (Jd 14-16; Gn 5.24).
o.    A igreja com a ação da graça de Deus através do Espírito Santo nela, é o sal que ainda preserva esse mundo. Quando ela for tirada do meio dos homens, como previsto em 2Ts 2.7-10, então esse mundo velho e cheio de pecados, entrará em estado de total decomposição moral e espiritual. Ai será revelado o mistério da iniquidade, o anticristo, com toda operação do erro, que culminará com o juízo de Deus sobre toda a humanidade (2Pe 3.7).
p.    Nesse tempo, a Igreja do Senhor, a noiva do Cordeiro já estará na gloria do Pai (Jo 17.24).
Gloria a Deus!