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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

AVIVAMENTO ESPIRITUAL NO MUNDO




LIÇÃO 8

AVIVAMENTO ESPIRITUAL NO MUNDO

TEXTO ÁUREO

E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se devia passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar” Ez 47.5).

VERDADE PRÁTICA

“Somente por intermédio do movimento do Espírito Santo, o mundo pode experimentar o verdadeiro avivamento espiritual.

 

Leitura Bíblica em Classe – Ezequiel 37.7-10; 47.1-5,9

INTRODUÇÃO

O pastor missionário e escritor, Wesley L. Duewel, em seu livro “Fogo do avivamento”, nos diz: “Dias de avivamento não são dias normais na vida da igreja. São supranormais, sobrenaturais. São os grandes dias da igreja em que a presença de Deus é manifesta em uma realidade que tudo domina. O avivamento deixa em nós profundo reconhecimento da grandeza e transcendência de Deus e de nossa incapacidade e dependência dEle”.

O supracitado autor, diz que em momentos de avivamento, Deus pode fazer uma obra tão extensa em poucas horas, coisa que tardaria anos de um fiel ministério sem o avivamento. Uma frase que muito me chamou a atenção, foi que “Os homens podem evangelizar – somente Deus pode dar o avivamento”. No avivamento, as pessoas são totalmente impelidas para a presença de Deus. Há confissão de pecados, sentimento de nulidade, e a certeza da real presença do Espírito Santo. Por isso mesmo, é comum em um grande avivamento, pessoas caírem por terra, em um gesto de profunda tristeza pelo pecado; cantar muitos louvores, reconhecendo a grandeza de Deus, e sentirem impelidos para a evangelização, com o sentido de levarem os pecadores aos pés de Cristo.

Os supostos “avivamentos” produzidos pelos homens, são superficiais e geralmente não vem acompanhado de renúncia do pecado, reconhecimento da gloria de Deus. É um avivamento barato. No verdadeiro avivamento, as emoções não são manipuladas, ou produzidas pelo pregador, pelo astro evangélico que está visitando a igreja. O verdadeiro avivamento, não vem dos Estados Unidos, da Europa, dos grandes centros brasileiros, ele vem do Céu, assim como nos diz em Atos 2.2: “E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados”.

Na lição de hoje, vamos estudar, partindo do capítulo 37 do livro do profeta Ezequiel, sobre o vale de ossos secos, e logo o capítulo 47, onde o texto narra sobre as águas purificadoras. Baseado nestes dois capítulos, vamos falar sobre os avivamentos espirituais que ocorreram no mundo.

I – O AVIVAMENTO NO TEMPO DE EZEQUIEL

1.      Calamidade e restauração de Israel. Geralmente, o avivamento é esperado quando há crise. Israel passava por grandes calamidades, quando o Senhor mostrou para o profeta Ezequiel a visão do vale de ossos. Deus, na sua grande misericórdia, poupou o seu povo da destruição total e restaurou a nação eleita. “Mas eu os poupei por amor do eu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi” (Ez 36.21).

Nesse tempo da calamidade da nação de Israel, Deus levantou profetas, antes, como Jeremias, Sofonias, Naum, Habacuque; no cativeiro, como Daniel e Ezequiel, sendo porém, Ezequiel, o profeta que deu suporte espiritual para a nação de Israel. Daniel foi levado cativo muito jovem para a Babilônia, no reinado de Nabucodonosor.

Nos dias de hoje, estamos sentindo a falta dos verdadeiros profetas de Deus, que se levante cheio do Espírito Santo, para fazer trovejar a voz de Deus entre as nações. Como diz o salmista: “Já não vemos os nossos sinais, já não há profeta; nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará” (Sal 74.9).

2.      Um vale de ossos secos. Ouvi certa feita um pastor ensinar que Deus nos leva a lugares difíceis, nos mostra coisas difíceis e nos faz perguntas difíceis. Foi isso que ocorreu com o profeta Ezequiel. Foi levado a um vale de ossos. Mas não era ossos de gado, cabritos, ovelhas, ou outro animal qualquer, mas ossos humanos. Uma visão terrível de ser ver. Era o retrato do estado espiritual que se encontrava a nação de Israel. Deus então ordena ao Profeta, que ele profetiza, quer dizer, fale a Palavra de Deus sobre aqueles ossos secos.  Era uma dura missão. Impossível aos olhos humanos, porém, com para Deus não existe a palavra impossibilidade. Ao ser perguntado pelo Senhor: Poderão reviver esses ossos?  A resposta foi: Tu o Sabes.  Sim, o Senhor sabe todas as coisas. Havia ali uma promessa de avivamento. A Bíblia nos relata, que após a Palavra ser falada, houve um grande reboliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso, e no final de tudo, um grande exército se levantou.  Nosso Deus quer fazer o mesmo em nossos dias. O desunido vai se unir, o separado vai se juntar, o que não ama, vai amar, o que não perdoa, vai perdoar, o que está em pecado, vai confessar, o pecador vai se converter, o que está longe, vai se chegar para perto. Deus Vai fazer. Oh gloria! Tão somente, devemos propagar a Palavra Deus.

3.      O rio das águas purificadoras. Diferentemente do capítulo 37, o capítulo 47 foi uma visão maravilhosa. Mesmo assim, o sentido também é de avivamento.  O profeta vê um rio que procedia do altar de Deus, e viu um homem que media de mil em mil côvados, e cada medida, o rio ia se aprofundando. Os primeiro mil côvados as águas deu nos artelhos (junta dos ossos do pé), o segundo, deu nos joelhos, o terceiro, deu na cintura, e na quarta medida as águas estavam tão profundas, que somente podia passar nadando, porém, o profeta não nadou, mas foi conduzido pelo Espírito, de um lado para o outro. Pela metragem comum do côvado, o profeta já estava quase dois quilômetros distante nas águas. Isso denota uma vida conduzida pelo Espírito Santo (Lc 4.1). As águas desse rio também eram salutares e cheias de vida. Havia muita abundância de tudo ao redor desse rio (Ez 47.12).

II – OS GRANDES AVIVAMENTOS NO MUNDO

Permita-me falar de uma avivamento que veio em Florença na Itália, em 1496-1498, onde um monge católico romano, por nome Jerônimo Savonarola, chocado com os vícios e a imoralidade do mundo ao seu redor, e vendo a corrupção da Igreja Católica Romana, andava às margens do rio Pó, cantando e chorando pelos pecados, pelas injustiças e pela pobreza do povo ao seu redor. A história diz que ele chorava e lamentava a impudicícia, o luxo e a crueldade de muitos líderes na igreja. Conta-nos os historiadores, que certo dia enquanto Savonarola orava, o céu se abriu em uma linda visão, e uma voz o ordenou que anunciasse ao povo as calamidades futuras da igreja. Então, ele, transbordando de poderosa unção do Espírito Santo, passou a pregar o que havia sido mandado.

Diz que quando o Espírito Santo vinha sobre ele, a sua voz parecia um trovão ao denunciar os pecados do povo. Um grande avivamento se apoderou de toda aquela região. Conta-se que as pessoas andavam pelas ruas tão impactadas pelo convencimento do Espírito Santo que durante dias ficavam pasmadas e sem palavras. Nesse tempo, Lutero era apenas um menino. Lutero considerou Savonarola, como o “mártir do protestantismo”.

1.      Na Europa. Se pode dizer que a Europa, em algum período estava em situação espiritual idêntica à do povo de Israel no contexto das profecias de Ezequiel 37 e 47. Porém, Deus sempre levanta seus servos que se dispõe a serem cheios e usados no poder do Espírito Santo.

a)      Na Alemanha. Por volta de 1722, o conde Nicolaus Zinzendorf liderou os morávios num fervor missionário que se espalhou pelo continente europeu e chegou à América; Com ênfase na “religião do coração”, houve um despertamento para as missões mundiais. Os moravianos enviaram missionários para as Ilhas Virgens (1732); Groenlândia (1733); Suriname (1735); África do Sul (1736); Jamaica (1750); Canadá (1771); Austrália (1850); Tibete (1856), entre outros longínquos lugares.

Ele usou sua herança em Berthelsdorf, para fundar uma comunidade denominada Herrnhut, que significa “Abrigo do Senhor”, em 1722, dando refúgio a cristãos perseguidos da Morávia, entre os quais se tornou o líder espiritual. Após 5 anos de existência, num memorável domingo, em 13 de agosto de 1727, quando estavam reunidos para a Ceia do Senhor, o Espírito Santo veio sobre eles, quebrantando-os e levando-os à maior reunião de oração de todos os tempos, que durou mais de 100 anos ininterruptos (TUCKER, p 73-74). https://teologiabrasileira.com.br/a-historia-do-conde-zinzerdorf/

b)      Na Inglaterra. Era o ano de 1730, quando o Espírito Santo ardia no coração de três jovens ingleses: John Wesley, de 34 anos, Charles Wesley, de 31 anos, e George Whitefield, de apenas 18 anos de idade. O grande mover do Espírito Santo, que ficou conhecido como “o avivamento wesleyano”, o “o grande avivamento”, que se espalhou poderosamente por todas as ilhas britânicas e colônia da América do Norte, por um período que durou quase dois séculos. Começou na Inglaterra, e se espalhou pelo País de Gales, Escócia e Irlanda. Assim escreveu John Wesley, sobre a “festa do amor”, nome dado a reunião de oração do ano novo de 1739:

Cerca de três horas da manhã, quando continuávamos instando em oração, veio sobre nós o poder de Deus de maneira poderosa, a ponto de muitos gritarem, não se contendo de alegria, e outros caírem ao chão (vencidos pelo poder de Deus). Logo que nos recobramos um pouco daquele espanto e senso de admiração da presença de sua majestade, rompemos a uma só voz: “Louvamos-te, ó Deus; reconhecemos que só tu és o Senhor”.

c)       No País de Gales. Muitos esperam que os grandes movimentos de avivamentos espirituais, comecem com pessoas já maduras, porém, temos aprendido pela história, que Deus tem usado pessoas muito jovem para dar inicio aos grandes avivamentos, como é o caso do País de Gales, onde o adolescente Evan Roberts, com apenas 13 anos de idade, teve uma visão do Senhor, que lhe falou que enviaria um grande avivamento, e ele contou essa visão em um culto ao domingo, e que para que isso acontecesse, todos teriam que abandonar as práticas pecaminosas. O impacto dessa visão foi tão grande, que por volta dos anos 1904 e 1905 o avivamento começou a se espalhar pela cidade, pelo país e alcançou muitos países do mundo.

2.      Nos estados Unidos da América. Alguém disse que “talvez o mais surpreendente relato das manifestações do poder do Espírito Santo desde os dias apostólicos, onde, relatos de derramamento espirituais que nos lembram o dia pentecostes, ocorreu, exatamente com Charles G. Finney. A intensidade e constância de seu ardor surpreendiam. O fogo sagrado parecia jamais diminuir na vida desse servo de Deus.

Finney, teve seu ministério, a princípio em cidades pequenas, para depois se espalhar paras os grandes centros, porém, no final de sua vida, Finney se dirigiu às igrejas ou tabernáculos nas grandes cidades, onde o avivamento se espalhou e abençoou igrejas por todas as partes.

3.      Raízes do avivamento da fé apostólica. O pastor Esequias soares escreve: Charles Fox Parham era um metodista itinerante convertido ao Movimento de Santidade e pregador de curas pela fé. Ele é tido por muitos como o fundador do pentecostalismo moderno. (Pentecostalismo Brasileiro, CPAD). Foi Parham, considerado o primeiro a desenvolver o argumento teológico de que as línguas são sempre a evidencia inicial de que uma pessoa recebeu o batismo com Espírito Santo, diz o pastor Esequias Soares.

Roger Stronstad, citado por Ezequias Soares, aponta três pontos doutrinários fundamentais de Parham que influenciaram de forma direta o avivamento da Rua Azusa em 1906, e não somente esse fenômeno, mas também a criação do movimento pentecostal no mundo inteiro, e que são mantidos até hoje pelos pentecostais clássicos: a) a convicção de que a experiência cristã contemporânea deve ser idêntica à dos dias apostólicos; b) a conversão e o batismo no Espírito Santo são duas experiências distintas e separadas; c) o falar em línguas é a evidência inquestionável e a prova do batismo no Espírito Santo.

Sendo discípulo de Parham, William Joseph Seymour liderou o movimento da Rua Azusa. Filho de escravo, libertos, nascido em Centerville na Louisiana. Era um negro baixinho e robusto, cego de um olho e agraciado com um espírito manso e humilde, relata Ezequias Soares.

No dia 12 de abril de 1906, após ter orado a noite toda Seymour e vários irmãos,  foram batizados com Espírito Santo, com a evidencia de falar em línguas estranhas. Com esse derramamento do Espírito, cresceu o interesse pelos cultos de oração, de modo que a casa não acomodava mais a multidão, fazendo necessário procurar um outro local, onde alugaram um antigo prédio na Rua Azusa, 312, Los Angeles, que tinha sido usado pela Igreja Episcopal Metodista Africana, mas, que no momento, funcionava como estábulo para animais. Foi nesse local, que se iniciou a Missão de Fé Apostólica sob a liderança de Seymour.

III – OS AVIAMENTOS MUDAM A HISTÓRIA

1.  Impactos no mundo.  Nosso comentarista, pastor Elinaldo Renovato, com propriedade escreve que os maiores avivamentos no mundo, trouxeram impactos profundos na política, na economia e na cultura. Ele cita um exemplo ocorrido nos Estado Unidos, em um contexto de racismo naquela nação, mesmo entre igrejas históricas, foi possível contemplar vítimas de séculos de conflitos raciais, cultuando ao Senhor, falando em línguas estranhas e se alegrando no Espírito Santo (cf Ef 1.14). Só um avivamento remove o pecado da divisão de quaisquer espécie. Aqui vale uma pergunta: Será que o avivamento tão propalado nas Igrejas brasileiras, está surtindo algum efeito na política, na economia e na cultura?

2.  A geração depois do avivamento.  Esse ponto nos leva a uma reflexão muito profunda, quando falamos sobre as gerações que vieram após aos grandes avivamento. Basta olharmos para a situação da Europa, berço dos grandes avivamentos, e como se encontra nos dias de hoje. Muitos templos se tornaram boates e cassinos. O  que diria os grandes incendiários do século XVII, XIX e XX sobre a situação da Europa nos dias de Hoje? E Os Estados Unidos da América, como se encontra hoje? E porque não dizer do Brasil. Aquela Igreja pentecostal pujante na oração, nos jejuns, nas consagrações, onde ficou? Disse nosso comentarista: Ora, o Deus de John Wesley, Charles Finney e de William Seymour é o mesmo; Ele não mudou. Mais do que nunca, precisamos sentir a mesma necessidade que esses homens de Deus sentiram em seus tempos para buscar um verdadeiro avivamento espiritual nas igrejas da atualidade. O Espírito Santo deseja avivar o seu povo.

CONCLUSÃO

O Senhor deseja operar nas igrejas no mundo inteiro. Promover um poderoso avivamento espiritual que sacuda as estruturas eclesiásticas e denominacionais. Exatamente essa semana, que estamos estudando sobre o avivamento no mundo, vemos esse fato ocorrer na universidade de Asbury, EUA, onde milhares de alunos já estão a mais de uma semana, buscando o poder de Deus e sendo cheio do Espírito Santo. Essa fato não é novidade por lá. No ano 1970 já houve fato parecido com o que está ocorrendo agora. Que esse avivamento venha a se espalhar para todo mundo, assim como ocorreu o da rua Azusa. Para que isso venha acontecer, se faz necessário a busca pelo batismo com Espírito Santo fervorosamente. Que haja sinais, milagres, prodígios e maravilhas em nome de Jesus!

Que o Santo Espírito sopre o avivamento espiritual e que o uso abundante dos dons espirituais seja real e abundante em nossos cultos.

Amém.

 

 


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