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domingo, 31 de outubro de 2021

“Jesus Cristo, e Este crucificado”

A MENSAGEM DO APÓSTOLO

 

Leitura Bíblica em Classe  - 1Co 1.18-25; 2.1-5

Objetivo Geral – Ressaltar que Jesus Cristo, e este crucifica, é o centro da mensagem cristã.

Objetivos específicos

         I .    Destacar a centralidade da pregação de Paulo;

II .   Elencar as expressões-chave na doutrina de Paulo;

III .  Pontuar os efeitos da mensagem da cruz.

 

INTRODUÇÃO

 

Nas palavras do pastor Antônio Gilberto (Bíblia AG, CPAD, 2021), no capítulo 2 da primeira carta de Paulo aos Coríntios, encontramos a essência da verdadeira pregação do evangelho de Cristo. Ele disse que ali se destaca três  verdades fundamentais sobre o assunto: De 1-5 vemos o poder da mensagem da cruz através do pregador; de 6-9 vemos a insignificância da sabedoria humana na comunicação e recepção da mensagem cristã; e de 10-16 vemos o sublime efeito da revelação da cruz de cristo no ouvinte.

Paulo descobriu a verdade sobre o Cristo crucificado e ressurreto e, por isso, sua missão de vida foi pregar aos judeus e aos gentios, que o Cristo que foi crucificado, morreu, mas ao terceiro dia ressuscitou era o Salvador prometido nas profecias dos antigos profetas de Israel do Antigo Testamento. Assim, o Cristo, e este o crucificado foi o tema central de suas pregações. Para ressaltar essa centralidade, devemos prestar atenção nas expressões que se destacam em suas cartas: “O evangelho de Cristo”, “Cristo crucificado” e “Cristo ressurreto”. Nesta lição, veremos o quanto a mensagem da cruz traz impacto à nossa vida espiritual e pessoal.

 

I – A CENTRALIDADE DA PREGAÇÃO DE PAULO

 

1 . O ministério de pregação e o Cristo crucificado. Feliz o homem e a mulher que se coloca a disposição de Deus para ser um porta-voz do Evangelho genuíno de Cristo Jesus. A mensagem mais alvissareira, mas produtiva e construtiva que se pode pregar, é dizer que Jesus Cristo, Aquele que foi crucificado, ressuscitou ao terceiro dia, está vivo para todo sempre e pode nos salvar completamente de nossos pecados, nos fazendo justificados e justos diante do Pai.

Paulo foi o maior expoente, teólogo e doutrinador do cristianismo, isto, sem também deixar de ressaltar o valor dos demais apóstolos e escritores, como Pedro, Lucas, João, etc. Paulo foi fiel aos ensinos de Cristo, lançando assim os fundamentos da doutrina cristã para todas as eras. Mesmo não tendo convivido fisicamente o Cristo-homem, ele recebeu toda a revelação do próprio Cristo (Gl 1.12) para pregar o Evangelho sem se opor, nem contradizer aos ensinos dos outros demais apóstolo de Jesus.

Hoje ainda, os pregadores autênticos do Evangelho de Jesus, continuam lançando mão aos ensinos paulinos, para sedimentar suas pregações, que indubitavelmente, falam aos corações, e mesmo os corações de pedra, são movidos pela Palavra da Cruz de Cristo.

2. A Palavra da Cruz é loucura da pregação. Jesus é o principio meio e fim da pregação cristã. Não se pode pregar o Evangelho genuíno sem falar de Cristo, sua morte e ressurreição. Mas afinal, qual é o sentido da “cruz de Cristo” (1Co 1.17), da “palavra da cruz” (vv 18,23)?

Estaria o apóstolo Paulo falando do “madeiro” mesmo? Perguntou o pastor Antônio Gilberto. E ele mesmo responde:

“Cruz” aqui é uma metonímia, ou seja, é um símbolo da obra redentora de Cristo, mediante sua morte substitutiva no Calvário. Não se trata de uma cruz qualquer, mas da “cruz de Cristo” (Jo 19.25; 1Co 1.17; Gl 6.12,14;Fl 3.18).

A palavra “cruz” evoca o indizível sofrimento de nosso Senhor, sua paixão e morte, e todas as bençãos proporcionadas por seu sacrifício: a expiação, a redenção, a reconciliação, o perdão, e a remoção da maldição da lei (Rm 3.24-25; Gl 3.10-13; Ef 2.16; Cl 1.20; Hb 12.2).

3. Escândalo para o judeus e loucura para os gregos. Porque isso? Qual o sentido disso? Porque essa pregação, tendo sua centralidade em um Cristo crucificado causava todo esse alvoroço entre judeus e gentios? Para os judeus que se baseavam na lei de Moisés, os pendurados na cruz eram malditos (Dt 21.23), portanto, era um escândalo para os judeus essa menagem da cruz. Os gregos, com toda a sua sapiência, erudição e retórica, não cria nessa mensagem, pois não era cheia de filosofias, mas uma mensagem simples, por isso mesmo, uma mensagem louca. Porém, Paulo disse: “Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Co 1.24).

 

II – EXPRESSÕES-CHAVE NA DOUTRINA DE PAULO

 

1. “Evangelho de Cristo”. A palavra “evangelho”, além de aparecer nos quatro evangelhos, também está nas cartas de Paulo. Escrevendo aos Romanos, disse: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). Das 76 vezes que ocorre a palavra evangelho no NT, 56 delas encontramos nas cartas paulinas. Portanto, podemos dizer que o evangelho é uma mensagem central na doutrina ensinada pelo apóstolo.

Qual o significa da palavra “evangelho?”. Vem do grego evangelion.  O prefixo eu é uma forma neutra da palavra que significa “bom, bem feito”. Assim a palavra “evangelho” significa “boa-nova; boa notícia que se leva às pessoas”. Jesus disse que se pregasse essa boa noticia a todas as criaturas (Mc 16.15). Isso é fundamental! Paulo fez isso e, não por acaso, identificava sua pregação como “o evangelho de Deus” (1Ts 2.2,8,9; 2Co 11.7; Rm 1.1,15,15). Paulo disse: “            Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho” (1Co 9.16).

2. “Cristo Crucificado”. Com o homem gosta da autossuficiência! Para judeus e gentios, um Messias que foi crucificado, não poderia resolver os seus problemas. Porém, a palavra da cruz foi o tema dominante na mensagem do evangelho pregado por Paulo. Se o mundo julgava como loucura, o apóstolo afirmava que se tratada da mais sublime demonstração da sabedoria de Deus.

“Cristo ressurreto”. Qual seria o sentido de nossa pregação da cruz, se Cristo não tivesse ressuscitado? Certamente  nenhuma. Disse Paulo: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E Também os que dormiram em Cristo estão perdidos” (1Co 15. 17,18); mas prossegue o apóstolo: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem” (v 20). No mesmo capítulo 15, em seu início, Paulo escreve uma lista das testemunhas da ressurreição de Cristo, incluindo ele, o qual se identifica como um abortivo (1Co 15. 3-8). Paulo então, afirma com muita convicção que “...Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Co 15. 3,4).

 

III OS EFEITOS DA MENSAGEM DA CRUZ

 

1. Uma vida no poder de Deus. O Evangelho é poder de Deus para salvar o mais vil pecador, para libertar o mais escravizado nas mãos do diabo, assim como foi o gadareno (Mc 5. 1-15); Maria Madalena (Mc 16.9). Jesus disse: “Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). A mensagem da cruz é uma mensagem de poder (1Co 1.18).

Quando Pedro pregou o evangelho de poder, os corações foram compungidos, quer dizer, perfurados pelo poder da palavra (At 2.37); Quando Estevam pregava, a Bíblia diz: “E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6. 10); Quando o diácono Filipe pregava em Samaria, diz a Palavra: “E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados “ (At 8. 6.7).

Os milagres da salvação, curas e libertação devem acompanhar a nossa vida no serviço do Reino de Deus. A mensagem que pregamos não é filosofia humana, mas o poder de Deus para a transformação da vida de quem crê no Evangelho (Rm 10.17; Mc 16.15-20).

2. Uma vida de humildade.  Paulo nos diz que “... As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1Co 2.9). Quer dizer, não são os sábios segundo o mundo, os catedráticos, etc, mas a revelação vem pelo Espírito ao coração do homem. Somente Ele pode revelar as grandezas profundas do Pai (1Co 2. 10; Ef 1.16-19; 3. 14-21). Segundo Paulo, diante de Deus, a sabedoria do mundo é mera loucura (1Co 1.20). Pois essa sabedoria enaltece o narcisismo humano e recusa reconhecer Jesus Cristo como Filho de Deus. A sabedoria divina, revelada pelo Espírito Santo, nos leva a glorificar ao Filho de Deus (Jo 16.13,14). A humildade é uma das maiores marcas de Cristo em seus servos (Fl 2. 3-8).

3. Uma vida na dependência do Espírito Santo. Veja o que Paulo disse quanto ao anunciar essa mensagem: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor” (1Co 2.2,3). A fraqueza aqui conota dependência de Deus (BAG). Aqui fala de um temor no sentido positivo (interior), e que leva ao tremor (exterior). Muitos não tremem diante do senhoria de Cristo porque não o temem. Essa falta de temor de Deus vem do engano da autossuficiência humanas. Paulo teve seu ministério confirmado pelo Espirito Santo, pois ele declara: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2.4). Se o evangelho fosse apresentado por mera sabedoria humana (infelizmente, alguns estão tentando assim fazer), ele não surtiria nenhum efeito salvífico no homem.

Assim como Paulo, devemos ter a plena consciência das nossas fraquezas humanas, limitações pessoais, medos interiores (2Co 7.5). Devemos sempre confiar no Espírito Santo de Deus (2Co 2.4).

 

CONCLUSÃO

 

Entendo ser importante frisar, que a missão de levar a mensagem da cruz, não se trata andar com uma cruz física pendurada no pescoço, no espelho do carro, nem uma grande cruz no púlpito da igreja. Não é isso. Como já falamos acima, “Cruz” aqui é uma metonímia, ou seja, é um símbolo da obra redentora de Cristo, mediante sua morte substitutiva no Calvário. Não se trata de uma cruz qualquer, mas da “cruz de Cristo” (Jo 19.25; 1Co 1.17; Gl 6.12,14;Fl 3.18).

A palavra “cruz” evoca o indizível sofrimento de nosso Senhor, sua paixão e morte, e todas as bençãos proporcionadas por seu sacrifício: a expiação, a redenção, a reconciliação, o perdão, e a remoção da maldição da lei (Rm 3.24-25; Gl 3.10-13; Ef 2.16; Cl 1.20; Hb 12.2).

O pastor Antônio Gilberto nos diz o seguinte: “O verdadeiro sentido da Cruz de Cristo aplicado à vida cristã, é a renúncia total, voluntária e incondicional do crente a Cristo, para segui-lo até o fim (Mt 16.24; Lc 14.26,27,33; Rm 6.6; Gl 2.20).

Amém.

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