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segunda-feira, 6 de março de 2023

O AVIVAMENTO E A MISSÃO DA IGREJA



LIÇÃO 11

O AVIVAMENTO E A MISSÃO DA IGREJA

TEXTO ÁUREO

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.15,16).

VERDADE PRÁTICA

Neste tempo marcado pela falta de fé, a Igreja só pode cumprir a sua missão se estiver imersa no avivamento espiritual.

 

Leitura Bíblica em Classe – Marcos 16.14-20

INTRODUÇÃO

A Igreja, que conhecemos como a Igreja primitiva, composta pelos primeiros discípulos de Jesus, sua mãe Maria e seus irmãos, ficaram em Jerusalém por ordem de Cristo, para serem cheios do poder do Espírito Santo, e com esse poder, eles deveriam sair e pregar o Evangelho a toda criatura.

A descida do Espírito Santo mudou por completo a vida daqueles homens e mulheres, pois, a partir de então, entrou neles um poder sobrenatural, e no primeiro sermão pregado pelo pescador Pedro, reciclado a evangelista, quase três mil almas se converteram ao Senhor.

O que entendemos muito claramente, quando Jesus disse aos seus discípulos que ficassem em Jerusalém, “Até que do alto” fossem revestidos de poder, para que, somente após esse revestimento, eles saíssem para pregar o Evangelho; é que não adianta sair pregar sem esse poder. A descida do Espírito Santo trouxe capacitação espiritual a novel igreja.

Hoje não é diferente. Por mais que estudemos a Palavra; Por mais que nos aprofundemos na exegese e hermenêutica bíblia; Por mais que estudemos as línguas originais, o mais que podemos fazer, seria impressionar alguém com nossa oratória e com nosso conhecimento. Nada mais. A conversão dos pecadores é um obra intrínseca do Espírito Santo de Deus. Ou ele está em nós nos capacitando, falando através de nós, ou nada será feito. Seria mais fácil cozinhar feijão sem fogo, que salvar uma alma sem o poder convencedor do Espírito Santo.

I – O AVIVAMENTO APÓS A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1.  O desânimo dos discípulos. Mesmo tendo sido avisados durante todos os três anos do ministério de Cristo, que ele havia de morrer e ressuscitar dos mortos, a decepção dos discípulos foi grande. Pedro, juntamente com mais seis discípulos, voltaram logo pescar. Jesus sabia que teria que reavivar a fé deles, por isso mesmo não tardou em ir a sua direção. Mesmo com o testemunho contundente de Maria Madalena, que testificou que estivera no sepulcro, e que encontrou com o Senhor ressurreto, eles não creram, pois, a desolação e a decepção era muito grande. Marcos relata que eles “estavam tristes e chorando” (Mc 16. 10-13). Imagina, um grupo de homens, que antes eram bravos pescadores, agora, feitos meninos sem pai e nem mãe, trancados dentro de uma casa, chorando!

2.  A aparição de Jesus aos discípulos. Jesus agora não estava mais naquele corpo mortal, mas em um corpo glorificado. Por esta razão, não houve necessidade de abrir portas ou janelas para ele passar. João descreve esta cena de forma primorosa, quando diz: “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeira da semana, e cerrada as portas onde os discípulos com medo do judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (Jo 20.19). Foi necessário Jesus dar provas, mostrando suas mãos e o seu lado, para que eles pudessem crer que se tratava mesmo do Mestre Jesus, pois pensavam que estavam vendo apenas um espírito. O impacto negativo na mente dos discípulos foi tão grande, que, mesmo vendo os sinais dos cravos, ainda não estavam crendo (Lc 24.41), sendo então preciso Jesus pedir algo para comer, e lhe apresentaram um pedaço de peixe e favo de mel, que ele comeu diante deles (Lc 24.42).

3.  O avivamento após a ressurreição. Lucas narra em Atos 1 que Jesus, depois de padecer, se apresentou aos seus discípulos, com grande e infalíveis provas, e estivera com eles por quarenta dias, sempre falando a respeito do Reino de Deus. Nesse intervalo, ele dá ao seus discípulos o que ficou conhecido como a Grande Comissão. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. No dizer de Mateus: “Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em Nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo...” (Mt 28.19). O evangelista Marcos, fala sobre o poder que os discípulos receberiam para realizarem a grande comissão: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu Nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17. 18). E conclui: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido o céu e assentou-se a direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!” (Mc 16.19,20). Logicamente, que o versículo vinte, já fala da igreja revestida de poder, após o dia de pentecostes. A igreja primitiva era poderosa em palavras e obras. É o que está faltando na igreja hoje. Palavra até que tem, está faltando as obras!

II – O AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL

1.  O avivamento nas missões locais. O derramar do Espírito Santo sobre os primeiros irmãos, fez que eles se tornassem uma tocha acessa nas mãos do Senhor, e saíssem espalhando esse fogo por todos os lados. Porém, o resultado desse derramar do Espírito, não foi unicamente no ardor evangelístico, mas também na mudança de vida de maneira geral. Lucas escreve dizendo: “E perseveraram na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2. 42-44). Sim, o pentecostes não é somente barulho. Tenho batido muito nesta tecla. Não é somente reuniões barulhentas. Pregadores e cantores frenéticos, embebedando o povo com gritos e jargões positivistas.  Avivamento é mudança de vida em todos os sentidos. Na igreja, na casa, no trabalho, na escola, na faculdade, na vizinhança etc. Sobretudo, pentecostes traduz em temor a Deus, oração, amor, santidade, reconhecimento de pecado, reconhecimento da gloria de Deus, e amor pelas almas perdidas. A prática missionária não terá nenhum valor, caso a mensagem seja apenas teórica e não prática.

2.  O avivamento nas missões regionais. Judeia e Samaria” representam aqui os locais mais afastados do centro da ação inicial, que geralmente é a maior cidade de nossa região, onde se inicia a pregação do Evangelho, para dali irradiar a outros lugares. O que temos visto, que geralmente, quem tem chegado nos lugares mais inóspitos, são as igrejas genuinamente pentecostais, que, através de irmãos, muitas vezes, pessoas simples, que sem muito conhecimento, porém, cheios do Espírito Santo, tem levado a Palavra e iniciado trabalhos nas fraudas das serras. Isso ocorreu também no início, quando veio a perseguição. A Bíblia diz: “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At 8.4). Isso é avivamento!

3.  Missões regionais atualmente. Infelizmente, hoje em dia, são poucos os que querem ir aos lugares mais difíceis. Todos buscam maior comodidade. Querem onde há os melhores hospitais, mercados, escolas, e principalmente concessionárias de veículos. Mas o Senhor continua dizendo: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura”.  Toda criatura. O médico, o professor, o carvoeiro, o lavrador, o gari, o fazendeiro, todos precisam ouvir falar do Evangelho de Jesus. Aqui no Brasil, devemos aproveitar que ainda gozamos de liberdade religiosa, e sairmos por ai, a tempo e fora de tempo, falando que Jesus salva, cura, batiza com Espírito Santo e que voltará para o seu verdadeiro povo.

III – O AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAL

1.  A primeira igreja missionária. Definitivamente não haveria como aqueles homens iletrados levarem tão longe a obra de Deus, se não fosse pelo poder do Espírito Santo. Jesus disse que eles deveriam começar por Jerusalém, porém, ir até aos confins da terra. A princípio, a Igreja ficou acomodada em Jerusalém, mas, após a perseguição, se irradiou para outros locais, chegando até Antioquia, onde a igreja cresceu na direção de Barnabé, que contou mais tarde com o apoio de Saulo de Tarso. Mais tarde, os dois foram os primeiros missionários enviados para pregar o evangelho em missões transculturais (At 13.1-3). Naquele tempo, os candidatos para missões, não eram os mais bonitos, mais queridos do pastor, mais isso ou mais aquilo, eram os chamados e separados pelo próprio Espírito Santo. Não tinham que fazer outra coisa, a não ser orar e pedir a direção do Espírito. Foi através de Paulo que a Europa se tornou um continente cristão.

2.  Evangelização e decadência espiritual na Europa. A Europa, como é do conhecimento de todos os estudantes da historia do cristianismo, foi o berço de grandes avivamentos, e que de lá o evangelho foi disseminado por todas as partes do mundo. Basta dizer que a reforma protestante aconteceu na Alemanha, através do monge Martinho Lutero. Porém, deixaram de buscar o poder de Deus, a obra foi esfriando, ficando cada dia mais distante daquilo que o Senhor quer para a sua igreja. Assim como a igreja de Laodiceia, que ficou rica, porém, destituída dos dons de Deus, ficaram também as igrejas europeias. Hoje, infelizmente, nem 5% das pessoas nas cidades europeias frequentam qualquer igreja. Que tristeza!

3.  Clamor pelo avivamento espiritual. Sim, missão transcultural continua sendo o tendão de Aquiles de muitas igrejas. A construção dos megas e luxuosos templos, tem feito com que as finanças das igrejas sejam gastas, olhando apenas para dentro de si, e não com a obra missionária. “Ide por todo o mundo”, continua sendo a ordem de Jesus. Somente uma igreja verdadeiramente avivada obedecerá ao ide de Jesus. O tempo está cumprido e o Reino de Deus está mais próximo do que pensamos. Quantos que não estão nem aí para as profecias bíblicas. Esquecem que somos nesta terra, peregrinos e forasteiros. Nosso reino não é aqui, e temos que levar essas semente o mais longe possível. Que Deus desperte o seu povo. Que possamos, cheios do Espírito Santo, levar esse Evangelho pleno. Quem nos enviou é mais forte e mais poderoso que o mundo. Se for preciso morrer pelo Evangelho, apenas morreremos na carne, mas ressuscitaremos para vivermos para sempre com o Senhor.

Que Deus em Cristo nos abençoe

Amém.


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