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terça-feira, 21 de março de 2023

AVIVA, Ó SENHOR, A TUA OBRA




LIÇÃO 13

AVIVA, Ó SENHOR, A TUA OBRA

TEXTO ÁUREO

"Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).

VERDADE PRÁTICA

É a vontade de Deus avivar a sua obra nestes últimos dias até que o Senhor Jesus volte.

Leitura Bíblica em Classe – Habacuque 3.1,2,16-19

Objetivos da Lição

1.    Apresentar o clamor pelo avivamento do profeta Habacuque;

2.    Enfatizar a Palavra de Deus como elemento fundamental do avivamento;

3.    Conscientizar a respeito da necessidade de um verdadeiro avivamento.

INTRODUÇÃO

Concordo plenamente com nosso comentarista que há uma necessidade premente de a Igreja visível ser poderosamente avivava por Deus. Essa palavra “premente” significa que há uma necessidade urgente, uma solução rápida, para que a Igreja não venha sucumbir diante da frieza do materialismo, comodismo e secularismo que tem invadido com muita força as entranhas das denominações evangélicas.

O clamor do profeta Habacuque deve ser o nosso clamor, para que haja um verdadeiro avivamento. Nada que seja apenas emocionalismo, coisas fabricadas nas mentes de atores, que levam multidões ao delírio, mas não leva à mudança de vida, ao amor ardente pelas almas dos perdidos e a busca sedenta pela santidade de Deus. Esse avivamento deve começar em cada um de nós. Não podemos estarmos satisfeitos com a metade do poder, com um quarto do poder, com três quartos do poder, mas sim, com a plenitude do poder de Deus. Cumprindo assim o que disse Paulo, aos Efésios capítulo 5 e versículo 18 “E não vos embriagueis com o vinho em que há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.

I – O CLAMOR PELO AVIVAMENTO

1.        A intercessão angustiada do profeta. O Livro do profeta Habacuque começa com uma pergunta de lamento do profeta, quando ele diz: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? (Hc 1.2). No capítulo 2 ele diz: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei da minha queixa”. Ele queria dizer que não sairia da presença do Senhor, até que obtivesse a resposta; e a resposta veio da boca do Senhor. Tem horas que parece que Deus não responde, e essas horas se tornam infindas. Parece que o tempo não passa. Porém, mesmo em silencio o Senhor está trabalhando. Ele trabalha no silencio, no sol, na sombra, no fogo, na água, no velo de lã e no redemoinho.

2.        A aparente indiferença de Deus. Essa indiferença é apenas aparente, porque de fato não existe indiferença, o que há é a tardia ira de Deus para punir os pecadores. Pedro, ao responder aos zombadores da vinda do Senhor, disse: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3. 9). O grande problema da humanidade, é que na sua ampla maioria, dão as costas para Deus. Porém, haverá um dia que a porta vai se fechar, não havendo mais tempo de arrependimento (Sal 9.17).

3.        A resposta pronta de Deus. Os pecados de Judá haviam se transbordado diante dos olhos do Senhor. Agora ele levanta os caldeus, para ser o seu chicote para castigar o seu povo, para traze-los de volta a sua presença. O Escritor aos Hebreus escreveu dizendo: “... Filho meu, não menosprezes a correção do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hb 12. 5,6). Assim faz o Senhor conosco. Ele dá tempo, fala, adverte, e se não damos ouvidos, ele açoita para que o crente chegue no lugar que Ele quer.

II – O AVIVAMENTO PELA PALAVRA

1.        Ouvir a Palavra de Deus. Disse Habacuque: “Ouvi, Senhor a tua Palavra” (Hc 3.1a). Não há avivamento sem ouvir a Palavra de Deus. Disse Paulo que “A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). João disse que “Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escrita, pois o tempo está próximo” (Ap 1.3). É preciso ouvir a voz de Deus com atenção para viver um período de avivamento espiritual.

2.        Temer a Deus. Quando ouvimos a voz de Deus, chega o temor no coração. Lucas escreve em Atos, que o povo, ao ouvir a palavra pregada por Pedro, se encheram de temor. “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (At 2. 37). No versículo 43 de Atos 2, diz: “Em cada alma havia temor...”. O temor é uma consequência de ouvirmos a palavra do Senhor, que no levará ao avivamento. “... e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos”. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem: o seu louvor permanece para sempre” (Sal 111.10). Temor não é medo de Deus, não é pavor de Deus, mas sim, reverência diante da santidade de Deus.

3.        O clamor pelo avivamento.aviva a tua obra, ó Senhor”. Avivar é reacender a chama do Espírito no coração. Devemos clamar todos os momentos por um grande avivamento. Habacuque clamou: “Aviva tua obra, ó Senhor”. Ele sabia que somente o Senhor podia avivar. Não há verdadeiro avivamento se não vier do Senhor. Quem acende o fogo no altar de nossos corações é o Senhor. O fogo aceso pelo homem é fogo de palha que logo se apaga, mas o fogo que o Senhor acende é um fogo eterno.

III – AVIVAMENTO: QUESTÃO DE VIDA OU MORTE

1.        O clamor pela misericórdia de Deus. “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22). Grandes são as suas misericórdias! Se assim não fora, o que seria de nós? O que seria de você? O que seria de mim? Se não houver misericórdia é porque vai haver juízo. Portanto, clamemos pelas grandes misericórdias do Senhor.

2.        Deus é misericordioso. O profeta Habacuque sabia que Deus ouve as orações de pessoas que pecam, mas que se arrependem sinceramente de seus pecados e buscam a face do Senhor. Deus é misericordioso! Escreveu João: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2.1). Quando o Senhor perguntou a Davi, nas mãos de quem ele queria cair, pelo desagrado do Senhor, por Davi ter enumerado o povo, ele respondeu, “Caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens” (1Cr 21.13).

3.        Clamemos a Deus. Sem sombra de dúvidas, o Senhor não está nada contente com tudo o que vem ocorrendo no mundo. Diria que a depravação moral se tornou pandêmica, pois tem assolado o mundo todo. Alguém já disse que o povo de Sodoma e Gomorra teriam vergonha da população atual. O pior de tudo é que o pecado está sendo institucionalizado. O caso do aborto, do “casamento gay” e a ideologia de gênero, está cada dia mais ganhando espaço nessa sociedade licenciosa e tolerante. Como se não bastasse, agora até igrejas, ditas cristãs, estão aprovando tais abominações, inclusive no Brasil, as chamadas “Igrejas inclusivas”. Dizem eles, que se Deus é amor, não pode excluir ninguém. Esquecem eles, que o mesmo Deus que é amor, também é justiça. A Bíblia nos adverte: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor” (Hb 12.14). Somente clamando ao Senhor, assim como fez Habacuque, pedindo a sua misericórdia, é que podemos mudar o curso, senão de todos, mas de muitos que estão marchando para o abismo eterno, pois o juízo do Senhor não tardará (Sal 7.12; 9.17).

CONCLUSÃO

A grande preocupação no tempo do profeta Habacuque era com a nação de Israel, o povo escolhido de Deus. A nação que era para ser exemplo das outras nações, estava precisando de um veemente e premente avivamento. Hoje não é diferente: a igreja do Senhor na terra, o povo que está aqui para fazer a diferença. Será que está fazendo? O inimigo tem ganhado espaço dentro dos arraiais cristãos, e muitas igrejas já perderam as suas marcas (Sal 74.9). Se faz necessário orarmos veementemente ao Senhor: “Aviva a tua ora, ó Senhor”. Deus pode e quer avivar ao seu povo.

Amém.

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