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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

O AVIVAMENTO NA VIDA DA IGREJA

 





LIÇÃO 5

O AVIVAMENTO NA VIDA DA IGREJA

TEXTO ÁUREO

E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4)

VERDADE PRÁTICA

Ao longo dos anos, a Igreja experimenta avivamento por meio do batismo no Espírito Santo e da atualidade dos dons espirituais.

 

Leitura Bíblica em Classe – At 2.1-13

Objetivos da lição

1.    Expor a realidade do batismo no Espírito Santo e público-alvo;

2.    Examinar o dinamismo da Igreja apostólica;

3.    Demostrar a importância de um ministério ungido para os dias atuais.

INTRODUÇÃO

Nesta semana vamos estudar o avivamento produzido por intermédio do Espírito Santo em Atos dos Apóstolos. Livro este que também é conhecido por “Atos do Espírito Santo”, por ser exatamente, através do Espírito, que os apóstolos realizavam as grandes obras. A promessa do batismo “no”, ou “com” o Espírito Santo, não se restringiu apenas para os primórdios da Igreja, mas, conforme se pode ver na primeira pregação petrina, alcança a Igreja dos dias atuais (At 2.39).

Gosto de dizer que a genética da Igreja de Cristo na terra é pentecostal. Tira-se o pentecostes da vida da igreja, e ela se torna uma mera organização, ou uma associação. O avivamento é preciso. Porém, não um avivamento passageiro, baseado apenas em grandes movimentos nos cultos, reuniões, mas, sobretudo na mudança de vida. Um desejo ardente em servir a Deus, em adorá-lo em Espírito e em verdade. Um avivamento que nos constranja a evangelizar o pecador; a abandonar as práticas pecaminosas, e viver uma vida que agrade ao Senhor. Será que estamos precisando desse avivamento?

Nesta lição, será analisado o aspecto do dinamismo da Igreja primitiva, fazendo um contraponto com a igreja dos dias atuais.

I – O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O PÚBLICO-ALVO

1.      O chamado abrangente de Jesus. A primeira condição para receber o batismo com Espírito Santo é passar pela experiencia do novo nascimento. E para ter a experiencia da salvação, se faz necessário o arrependimento dos pecados, crendo assim no Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (Mc 1.15), pois sem arrependimento e fé, não há salvação. A segunda condição apontada pelo nosso comentarista, é a obediência a Deus, porque nosso arrependimento e fé devem apresentar frutos dignos (1Jo 5.2-4). E a terceira condições é santificar-se. Com essas três condições elencadas, não queremos dizer que o Espírito Santo trabalha de maneira engessada. Essas condições, principalmente o novo nascimento (salvação), é a trajetória traçada pelo próprio Deus para a sua igreja receber, a segunda benção; o batismo no Espírito Santo.

Alguns cristãos, principalmente os reformados, entendem que no momento da salvação o crente já recebe o batismo no Espírito. Porém, essa doutrina não se sustenta, quando vemos que os discípulos de Cristo já eram salvos, e ficaram em Jerusalém para serem cheios do Espírito Santo (Jo 15.3; At 1.5; At 2.4). Assim também aconteceu com os varões na cidade de Éfeso (At 19.1-7).

2.      A promessa é para todos os salvos.  Os discípulos, como já falamos acima, já salvos por Jesus, agora são intimados por Cristo, a permanecerem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24.49; At 1.5-14). Não foi uma pequena espera, se considerarmos, que havia ali, cerca de 120 pessoas, que certamente, em sua maioria, eram pais de família. Tinham que levantar cedo para trabalhar e ali permaneceram dez dias. Quer dizer, duzentas e quarenta horas, orando, clamando e esperando a descida do Espírito Santo, que fora prometido por Jesus. Porém, Lucas narra, que “de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados” (At 2.2), e o Espírito foi derramado sobre todos que ali estavam (At 2.4).

Quando Pedro prega a Palavra, conclui dizendo, “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus, chamar” (At 2.39). Que maravilha! Eu e você estamos inseridos nesta benção. Deixa os céticos e incrédulos falaram, zombarem e desacreditarem do batismo com Espírito Santo, no falar em línguas estranhas e na atualidade dos dons espirituais; quem prometeu é fiel para cumprir.

3.      Engano dos cessacionistas. Cessacionismo é a corrente teológica reformada e de algumas igrejas históricas, que afirmam que os dons espirituais cessaram na vida da Igreja. Para tentar convencer seus ouvintes dessa doutrina, eles fazem verdadeiras “ginásticas na interpretação bíblica”, como diz nosso comentarista. Confundem batismo no Espírito Santo com conversão. Porém, já falamos acima, que são duas experiencias distintas uma da outra. Uma coisa e o novo nascimento, a conversão, outra bem distinta é o enchimento do Espírito, o batismo com Espírito Santo. Quando Paulo foi cheio do Espírito Santo, já estava salvo, inclusive já estava orando (At 9.11,17).

O pastor Elinaldo, comentarista de nossa lição, diz: “Portanto, como pentecostais, afirmamos o batismo no Espírito Santo com evidência física de falar em línguas estranhas, bem como a atualidade dos dons espirituais na vida da Igreja. Essa realidade espiritual perpassa todas as épocas, culturas e geografias em que haja um salvo em Cristo”. Louvo a Deus e tenho pedido a sua graça, que, apesar de nossas fraquezas, nunca deixemos de pregar que Jesus Cristo salva, cura, batiza com Espírito Santo e que em breve voltará para buscar a sua noiva amada, a Igreja.

II – O DINAMISMO DA IGREJA APOSTÓLICA

1.      A igreja nasce avivada. Isso é genético. A Igreja nasceu em meio ao fogo pentecostal. Nenhum teólogo pode negar isto. Isso aconteceu sob a atuação direta do Espírito Santo. A Igreja nasceu avivada! Do mesmo modo, que a inauguração do Tabernáculo do Senhor no deserto, foi com a descida do fogo do Senhor (Êx 40.34,35), a Igreja foi inaugurada e consagrada pela descida do Espírito Santo, que, sobre Jesus desceu como em forma corpórea de Pomba, mas, sobre os discípulos, foi como tochas de fogo (At 2.3). Alguém disse que, como Jesus não tinha pecado para queimar, foi a pombinha, representando a pureza, mas, os discípulos tinham muita palha para ser queimada, por isso o Espírito Santo veio como chamas de fogo, que assim como na sarça, que ardia, mas não consumia, foi sobre os discípulos aquele fogo. Gloria a Deus!

2.    A Igreja depois do pentecostes. É fácil ver a diferença nos discípulos de Jesus, antes e depois da descida do Espírito Santo. Já não eram mais aqueles homens medrosos, preocupados com a prisão e morte. Agora, na égide do Espírito, Pedro se levanta com autoridade e prega a Palavra de Deus. A Igreja perseverava na doutrina dos apóstolos, na comunhão, na oração e no partir do pão (At 2.42). O mais belo, é que em cada alma havia temor, e por isso mesmo, aconteciam maravilhas no meio do povo de Deus (At 2.43). Que coisa mais linda, poderosa e grandiosa, que estava ocorrendo na novel igreja. Duas esferas da igreja são evidenciadas: 1) Espiritual (piedade – Palavra e oração) e 2) social (comunhão – suprir a carência dos irmãos necessitados). Vida piedosa, fala do viver na Palavra de Deus, e comunhão, fala do cuidado com os pobres, viúvas e necessitados.

III – UM MINISTÉRIO UNGIDO PARA OS DIAS ATUAIS

1.  Na unção do Espírito Santo. A igreja não pode abrir mão desse poder para ministrar atualmente. Esse poder está disponível para nós. É só buscar, receber e distribuir para os necessitados. Os milagres, sinais e maravilhas, são manifestos por meio de salvação de almas, expulsão de demônios; imposição de mãos sobre os enfermos para serem curados conforme Jesus declarou que aconteceria: “Estes sinais hão e acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão os demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhe fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” (Mc 16.17,18). Tiago, irmãos do Senhor, que escreveu um livro do Novo Testamento, cerca do ano 45 a 49 d.C., disse: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará...” (Tg 5. 14.15). O Espírito Santo é indispensável para que a Igreja venha cumprir sua missão na sua integralidade nestes últimos dias.

2.  Autenticado por Jesus. Somente o preparo intelectual, como citado pelo autor como “instrumentos formais e acadêmicos dentro dos padrões hermenêuticos, exegéticos e homiléticos”, apesar de benéficos, não resolvem o problema. Se faz necessário a unção do Espírito Santo para que haja a aprovação divina no trabalho. Muitas igrejas não crescem, não consegue se firmar em meio a uma comunidade, apesar do aprimoramento teológico de seus pastores, simplesmente, porque erram em “não conhecer o poder de Deus”. É preciso que haja a confirmação do Senhor sobre a obra que leva o seu nome (Mc 16.20).

3.  Glorifica a Cristo. João Batista disse: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada. Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3. 27,30). Se nosso ministério não for para a gloria de Cristo, melhor que não ministremos. Porém, todo aquele que deixa ser usado pelo Espírito Santo de Deus, certamente seu ministério será para a gloria suprema do Senhor Jesus Cristo (Jo 16.13,14). Paulo, vai muito além, quando diz: “Quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a gloria de Deus” (1Co 10.31). Que possamos deixar que o Senho Deus, através de seu Filho Jesus Cristo, seja glorificado através de nossas vidas.

CONCLUSÃO

A Igreja primitiva nasceu, trabalhou, cresceu na unção do Espírito Santo. Aprendemos que o seu desenvolvimento não foi por conta do conhecimento de seus pregadores, membros e congregados. O que fez a diferença foi a unção do Espírito Santo sobre ela.

Amados, oremos mais. Busquemos mais essa unção. Busquemos até que a tenhamos, e busquemos ainda mais depois de termos para nunca a percamos. A unção faz a diferença na vida da igreja; na vida do pastor; na vida do cantor; na vida do pregador; na vida do músico etc.  Essa unção está disponível ainda hoje!

Vosso em Cristo

Daniel Nunes

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