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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

FINALMENTE, JESUS SABIA OU NÃO SOBRE O DIA EXATO DA SUA VOLTA?


Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai”. (Mt 24.36)

Sem sombra de dúvida, esse é um texto de difícil interpretação das Escrituras Sagradas. Os adeptos do arianismo, tomam textos como esse, para tentar desacreditar na deidade de Cristo, e pregar contra a Trindade. Porém, não há nenhum espaço para tal interpretação errônea. Vamos então, procurar, de forma simples, porém didática, expor para os interessados no assunto, a interpretação correta, segunda a ortodoxia da igreja verdadeiramente cristã.

Sabemos que Jesus, era o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Paulo, escrevendo dEle disse: “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fil 2. 6,7). O esvaziamento, ou como está escrito no grego, a kenosis do Filho de Deus, é interpretada, como: a) Sua autolimitação parcial, eventual e voluntária; b) seu esvaziamento parcial, eventual e voluntário; c) seu evitamento de fazer uso de suas prerrogativas divinas; d) sua auto restrição voluntária, parcial e eventual.

 O esvaziamento de Cristo, continua sendo um grande mistério, como disse Paulo em 1Timóteo 3.16 “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade; Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na gloria”.

Segundo o pastor Antônio Gilberto, o termo grego kenosis é a forma nominal do verbo grego kenoo, de Fil 2.7, traduzido em português por “aniquilar-se”, “esvaziar-se”, “despojar-se”, “autolimitar-se”, em relação Cristo, ao encarnar-se. Logo, a kenosis foi o ato em que Cristo se autolimitou, de forma parcial e voluntária e eventualmente, em relação a alguns atributos divinos, como, por exemplo: a onipresença física, a onisciência, e a onipotência. Tudo isto, como já foi dito, de forma voluntária e eventual. Um exemplo claro, temos, quando Jesus está cansado, dormindo na popa do barco, e foi despertado por seus discípulos apavorados com a tempestade, dizendo-lhe: “...Mestre, não te importa que pereçamos? (Mc 4.38). Então a Bíblia nos diz: “E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança” (Mc 4. 39). O verbo Jesus esvaziado de suas prerrogativas dormia cansado, mas o Deus encarnado, repreende o vento e o mar, e eles o ouvem e se acalmam.

Voltando ao texto de Mateus 24.36, podemos dizer que, se houve um momento, onde Jesus, mais se identificou com os homens foi ali. Ele, abre mão, logico que eventualmente, de sua onisciência, e se coloca como um mortal qualquer, e diz: “Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai”.

Sim, Jesus, como Deus, como a segunda pessoa da santíssima Trindade, sabia e sabe o Dia do seu retorno. Mas aqui, para nos ensinar a vigilância, e dizer-nos, que o quanto devemos estar sempre alerta, ele se coloca em nosso lugar; se limita, se esvazia e diz, que “unicamente o Pai” sabe a hora de sua vinda.

Que Deus em Cristo no abençoe.

Pr Daniel Nunes

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