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domingo, 17 de julho de 2022

A SUFICIÊNCIA DE CRISTO PARA SUA IGREJA

 


Texto: Ex 16. 11-18

I.        O maná explica quem é Jesus. A palavra hebraica maná significa “o que é isto?”. Foi a pergunta feita pelos judeus, quando viram o novo alimento caindo do céu. Jesus é inexplicável (1Tm 3.16). Jesus, ao dizer que “Nem só de pão viverá o homem, mas toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4. 4), e se Ele é o Logos, a Palavra, então, Ele está dizendo que por ele viveremos. Em João 6.32,33,58 Ele disse: “Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deus o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”, “Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre”.

 Consideremos, como e porque o maná é um tipo de Jesus Cristo.

a.    Sua humildade. Era pequeno (v.14). “... uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra”. Ele se fez homem, e humilhou-se até a morte e morte de cruz (Jo 1.1; Fil 2.5-8. Ele não somente se esvaziou, mas tomou “a forma de servo” (V 7), queer dizer, assumiu a natureza essencial de um escravo. Em relação a Deus, o Senhor Jesus, assumiu o lugar de um servo. Ele estava determinado a fazer a vontade de Deus em sua máxima expressão (Jo 4.32; 6.38).

Será que isso nos inspira também, a fazermos a vontade de nosso Pai que está nos céus (Mt 6.9,10). “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fil 2. 5). Um poeta sacro disse:

Enquanto houver sangue quente pulsando nestas veias,

Enquanto tiver saúde, força e energia,

Enquanto permanecer em mim uma fonte latejante de vida,

Toma este corpo que te ofereço, ó Deus, ele é teu!

b.    Sua natureza eterna. Era redondo (v.14). Nos recordando assim de um círculo, símbolo da eternidade de Jesus. Ele é o Deus Eterno (Jo 8.53-59; He 13.8). Este é um dos atributos incomunicáveis de Deus. Jesus é Deus, pois Ele é eterno (Is 9.6).

c.     Sua santidade. O maná era branco (v.31). “E chamou a casa de Israel o seu nome Maná; e era como semente de coentro; era branco, e o seu sabor, como bolos de mel”. Recordamos assim a natureza santa absoluta de Cristo e sua condição sem pecado. Ele é o santo filho de Deus (Lc 1.35; At 2.27; 2Co 5.21; Hb 4.15; 7.26);

d.    Sua doçura. (v. 31) “..., e o seu sabor, como bolos de mel”. “Provai e vede que o Senhor é bom...” (Sal 34.8a). Notemos que em Números 11. 4-8, a Bíblia fala do “vulgo” que estava no meio do povo de Israel, tiveram fastio do Maná, e lembraram dos peixes, pepinos, melões, porros e cebolas do Egito. A Bíblia Nova Versão Transformadora, diz: “Então o bando de estrangeiros que viajava com os israelitas”. Não estavam satisfeitos com o simples Maná. Então, moeram, bateram e cozinharam e fizeram bolos, então o Maná perdeu o sabor, e já não tinha o sabor de bolos de mel, mas o sabor de azeite fresco. Aqui há uma grande lição para todos nós: não podemos querer melhorar a Palavra de Deus (Sal 119.103). Devemos comê-la como ela é (Jr 15.16).

e.    Ele nos alimenta. Era fortalecedor e satisfatório, porque a nação viveu quase quarenta anos do Maná (v. 35). Tudo o que necessitamos para nutrição espiritual encontramos em Jesus, Ele é o pão vivo que desceu do céu, que nunca nos deixará famintos (Jo 6.32-35; 2Pe 1.3);

 

II.      O Maná ilustra como jesus veio até nós.

a.    Ele veio do céu. Não foi importado do Egito, nem fabricado deserto; foi dado do céu, assim como o dom da graça de Deus. Jesus Cristo veio do céu (Jo 6.33; Tt 2.11), como dom do Pai para os pecadores famintos. Dizer que Cristo era apenas outro homem é negar o ensinamento de toda a Bíblia de que Ele é o Filho de Deus enviando dos céus (He 1.1-4). O cristianismo não é uma religião como as demais, que seus fundadores eram terrenos. Nascidos comumente como os demais mortais. Não, o cristianismo teve sua origem em Deus. Veio do céu.

b.    Veio de noite. (v. 21). O povo o recolhia bem cedinho de manhã, porque o Maná caia de noite. Isso sugere a escuridão do pecado no mundo quando Jesus veio. Ele veio para ser luz do mundo (Is 9.1,2; Mt 4. 14-16; Jo 8.12). Essa noite continua na vida daqueles que ainda não receberão a Cristo como Salvador (2Co 4.1-4; Ef 5. 6-14);

c.     Veio com o orvalho.  (v. 13,14). O orvalho preservava ao Maná para que não se contaminasse com a terra (Nm 11.9). O orvalho é um tipo do Espírito Santo porque quando Jesus veio a terra, foi mediante o ministério miraculoso do Espírito Santo (Lc 1. 35,34). Ele nasceu santo, de uma virgem, por obra e graça do Espírito Santo (Gal 4.4). O Espírito estava presente na primeira criação (Gn 1.2) como também na segunda (Lc 1.35,36; Jo 1.13).

d.    Caiu no deserto. O mundo não é um paraíso. Para os inconversos é um lugar maravilho, porém para o cristão que peregrinam para a gloria, o mundo não é nada mais que um deserto. No entanto, Cristo veio a este deserto, para dar vida aos homens (Jo 10.10).

e.    Veio a um povo rebelde. (vv. 1-3). Que memoria tão fraca e maldosa tinha os filhos de Israel! Fazia apenas seis semanas que não eram escravos no Egito e já haviam esquecidos das muitas misericórdias de Deus. Murmuraram contra Moisés e contra Deus (Ex 15. 22-27), e anelavam a dieta carnal da vida velha; porém, Deus em sua graça e misericórdia os supriu de pão. O versículo 4 bem que podia dizer: “farei chover fogo e enxofre sobre esses pecadores ingratos”, Porém, não. O Senhor demostrou o seu amor ao fazer chover pão sobre eles (Rm 5.6-8). Alguém calculou que os 4 litros (um gomer) de maná, por pessoa, para mais ou menos dois milhões diariamente, seria como 4 trens de carga carregado, cada um com 60 vagões. Quão generoso é o nosso Deus para conosco (Jo 3.16). Há graça suficiente para todos. A expiação é ilimitada!

f.      Caiu justamente onde os filhos de Israel estavam. Como era fácil recolher o maná. Não era preciso subir a alguma montanha, nem cruzar algum rio profundo; o maná vinha a onde estavam (Rm 10. 6-8). Jesus não está longe dos pecadores. Podem vir a ele todos (Mt 11.28,29).

 

III.        O Maná mostra o que devemos fazer com Jesus.

a.    Devemos sentir a necessidade. Há uma fome espiritual interna, que somente Jesus pode saciar (Jo 6.35; Lc 15. 17,18). Muita da falta de tranquilidade no mundo de Hoje é resultado da fome espiritual. O mundo está faminto, e muitos pregadores estão trocando a verdadeira palavra, por um alimento que não sustenta a alma do pecador (Is 55.1-3).

b.    Devemos nos agachar. O Maná não caiu nas mesas nem nas árvores, mas no chão, e o povo tinha que se agachar para recolhê-lo. Muitos pecadores não querem se humilhar (1Co 1.18; Mt 5.3; 2Co 2.15,16).

c.     Cada um deve recolher. Os filhos de Israel não se saciavam apenas em olhar para o maná, nem em ver outros comerem; eles mesmos tinham que colher e comer. Jesus deve ser recebido por fé pelo pecador. Foi isso que Jesus quis se expressar em João 6. 51-58. Jesus esclarece em João 6. 63 que não está falando de sua carne, e em 68 fica claro que ele fala de sua Palavra.

d.    Devemos colher logo cedo. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55.6). O maná desaparecia quando o sol esquentava. Isto sugere que quando o dia do calor da ira de Deus chegar, não teremos mais o Maná (Mal 4.1). Também sugere, que nós, como crentes em Jesus Cristo, precisamos todos os dias, nos alimentar logo cedo da Palavra de Deus.

e.    Devemos continuar nos alimentando dele. É importante que nos alimentemos a cada dia de Cristo. Como os crentes se alimentam de Cristo? Ao ler, estudar e meditar na Palavra. Precisamos do pão nosso de cada dia. Não adianta encher cadernos de esboços e não nos alimentarmos de Cristo a cada dia.

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