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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

LIÇÃO 1

 

O AVIVAMENTO ESPIRITUAL

TEXTO ÁUREO

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (2Cr 7.14)


VERDADE PRÁTICA

Humilhar-se diante de Deus, buscar a face do Senhor em oração e converter-se de seus maus caminhos são atitudes que precedem o avivamento espiritual.

 

Leitura Bíblica em Classe – 2Cr 7.12-15; Ag 2.5-9

Objetivos da Lição

I – Conceituar avivamento;

II – Elencar as condições para um avivamento espiritual;

III – Justificar a necessidade de um avivamento Espiritual.

Motivação – Quando a igreja retorna aos princípios Bíblicos do avivamento, ela passa a viver uma vida cristã mais autêntica, com muito mais fervor espiritual, amor a Deus e ao próximo. Um amor ardente pela Bíblia, a Palavra de Deus e pela oração.

Pergunta: Como está o seu nível de relacionamento com Deus?

INTRODUÇÃO

O profeta Habacuque já orava por um avivamento. Será muito bom, desde cedo, ao estudarmos esse trimestre, entendermos que, o verdadeiro avivamento, não consiste apenas em movimento, barulho, o famoso “reteté”. O verdadeiro avivamento, consiste em mudança de vida, desejo de buscar a Deus e se afastar do pecado. Amor profundo a Deus e ao próximo.

Neste trimestre, estudaremos o avivamento espiritual. Veremos o quanto ele é indispensável para o crescimento, o desenvolvimento e o cumprimento da missão integral da Igreja no mundo. O avivamento espiritual, que é chamado aqui em nossa lição de “fenômeno”, é a condição principal e primária, para que o corpo de Cristo, que é a Igreja, proclame o Evangelho de Jesus a todas as criaturas. O avivamento espiritual, não é um movimento ocasional, mas sim, uma necessidade permanente para que a Igreja venha enfrentar os desafios na atualidade.

I – O QUE É AVIVAMENTO ESPIRITUAL

1.      Avivamento espiritual. Primeiro, é uma intervenção divina. Quer dizer que o avivamento só começa, quando abrimos nosso coração para que o Espírito Santo possa trabalhar, seja em um indivíduo, em um grupo, em uma cidade ou nação (Ao 3.20). Quando uma comunidade local volta-se para Deus, buscando-o de maneira humilde para que Jesus venha transformar a realidade espiritual. Veja o que o Senhor Jesus disse a Igreja que estava em Éfeso: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; ...” Ap 2.4,5) O Senhor, sempre dá uma segunda chance para que voltemos a ter uma vida avivada em todos os sentidos. Não busque apenas ser um crente barulhento na igreja, mas seja um alvoroçador do mundo, como era o apóstolo Paulo (At 17.6).

2.      A pré-condição para o avivamento. Só pode passar por um avivamento, quem está em uma situação de crise espiritual ou moral. Então, uma pessoa, ou uma comunidade, ou mesmo uma nação, que esteja passando por um momento de crise, será um campo fértil, para que o avivamento se manifeste. Deus disse ao rei Salomão: “Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo” 2Cr 7.13). Aqui, a crise está delineada em termos climáticos. Entretanto, ela também pode ser moral, política e econômica, afetando todas as áreas da vida de um indivíduo, de uma Igreja local ou de uma nação.

Definindo o que venha a ser o avivamento

1.    O comentarista lição, nos diz que na maioria dos dicionários Bíblicos, não há definição para essa palavra. Todavia, certamente a encontramos em dicionários diversos, “Avivamento é o ato de se avivar, ou seja, de se tornar mais ativo, mais intenso, despertado e nítido. (Livro de apoio);

2.    Pode ser definido como o retorno aos princípios que caracterizava a Igreja primitiva;

3.    É o retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé e prática;

4.    É o retorno à oração como a mais bela expressão do sacerdócio universal do cristão;

5.    É o retorno às experiencias genuínas com Cristo, sem as quais inexistiriam o corpo místico do Senhor;

6.    É o retorno à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: “... até aos confins da terra...”;

7.    O avivamento, enfim, é o reaparecimento da Igreja como agência por excelência do Reino de Deus.

8.    De acordo com Arthur Wallis, o avivamento é a intervenção de divina no curso normal das coisas espirituais: É o Senhor desnudando o braço e operando com extraordinário poder sobre santos e pecadores. (ANDRADE, Claudionor Corrêa. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.40).

II – AS CONDIÇÕES PARA O AVIVAMENTO ESPIRITUAL (2Cr 7.13-17)

1.      Uma crise. Comportamentos diante da crise: medo; revolta; blasfêmia contra Deus e o próximo; desespero; a tentativa de suicídio etc. Porém, pelo poder de Deus e de sua Palavra, tudo pode mudar: No Salmo 107, verso 20 está escrito: “Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal”. A Salomão, o Senhor disse: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2Cr 7.14). Destacaremos alguns aspectos importantes que antecedem o avivamento espiritual.

2.      Humilhação diante de Deus. No lugar de se revoltar diante das crises espirituais ou materiais, a humilhação diante de Deus é a primeira condição para a chegada do tão desejado avivamento espiritual. Quero apenas dizer que, se humilhar diante de Deus, não tem nada a ver com humilhações feitas pelos homens. Os homens humilham para matar, e quem se humilha diante de Deus, tem vida.

3.      Orar e Buscar a face do Senhor. Nunca, em toda a história de Israel, nem da Igreja, houve avivamento sem oração. Todos os grandes avivamentos na história, foram precedidos de muita oração. Homens cheio de fé e piedade, eram levantados por Deus para clamarem por seu povo. Como diz nosso comentarista: Sem oração, não há avivamento, Sem a disposição dos crentes para buscar a face do Senhor (Sal 143.1; 84.8), o avivamento tarda e não chega. Infelizmente, vivemos dias em que a prática da oração é relegada a segundo e a terceiro plano. Para constatar isto que estou dizendo, é só fazer um pequeno esforço, e ir a um culto de oração no meio da semana nos templos. Comunidades que aos domingos se reúnem trezentas pessoas, você não vai encontrar dez por cento, ou seja, não haverá nem trinta pessoas nos cultos de oração. Outra prova, é somente ir ao círculo de oração, onde, antigamente era um trabalho voltado, exclusivamente para a oração, agora, se tornou um culto normal, onde, se ora pouquíssimo, e a maior parte do tempo e cantando e pregando. Já não devia nem ser mais chamado de “Círculo de Oração”, mas, “Culto das mulheres”.

4.      Conversão sincera dos pecados. Se o meu povo [...] se converter dos seus maus caminhos”. Não pode haver avivamento sem confissão de pecados, sem que deixemos os nossos maus caminhos e nos lancemos às misericórdias de Deus. Eis uma advertência tão séria: “Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sal 66.18). O que mais tem hoje nos templos, são pecados não confessados e não deixados. A falta de conversão dos maus caminhos, tem afastado a presença real do Espírito Santo dos cultos, da reuniões solenes da Igreja. Ouvem-se muito barulho, muito língua “estranha”, e, diga-se de passagem, “bem estranha”, porém, mudança de vida que é bom, nada. O povo continua mentindo, enganando, comprando e não pagando, falando mal uns dos outros; desejando o mal aos outros, intrigados dentro da igreja, e participando da ceia do Senhor, como se nada estivesse acontecendo. Desejam até a morte dos irmãos. Não há conversão sincera. Não há arrependimento. Que lástima! Tudo isto tarda o avivamento. Recomento a leitura do livro, do piedoso pastor Leonard Ravenhil, Porque Tarda o verdadeiro Avivamento. Compre, faça leitura desse livro e te ajudará e muito, a entender o que estamos falando.

5.      Um caminho preparado. O povo que está passando pela crise, só tem um caminho, o arrependimento e a busca da face do Senhor. Quando o pastor Elinaldo diz, que a crise “pode ser uma pré-condição” para o avivamento, já diz tudo, “Pode ser”. Não que seja definitivamente, porque existe um condicional se. Em seguida ele diz: se nos humilharmos diante de Deus; se buscarmos mais a face do Senhor em oração; se decidirmos firmemente confessar os nossos pecados e convertermo-nos dos nosso maus caminhos. Somente assim, e tão somente assim, o caminho para o avivamento estará aberto. É exatamente isto que está faltando. Enquanto a Igreja não entender que somente barulho de pregador, de instrumentos, de caixas de som, de lágrimas forçadas, não abrem caminho para o verdadeiro avivamento, vai continuar assim, e as gerações vão passando, passando e o tão propagado e necessário avivamento não chega.

 

III – A NECESSIDADE DE UM AVIVAMENTO ESPIRITUAL (Ag 2.5-9)

 

1.      A situação espiritual de Judá. Não obstante os profetas alertarem veementemente a respeito da iminente destruição de Judá, o povo não deu ouvidos (Am 2.5; 3.6; Is 6.11; 8.7). Isso nos diz muita coisa, não é mesmo?

a.     A destruição do Templo e morte. Por ignorar a voz de Deus, o povo foi levado ao cativeiro para a Babilônia e o templo foi destruído. Além disso, um terço morreu de fome e de peste, e outro terço morreu pela espada inimiga (Ez 5.12; Cf 24.1,2; Jr 38.17-19;39.1;52.4).

b.    O chamado para reconstruir o templo. Após setenta anos, cumprindo uma profecia do profeta Jeremias, o povo voltou do exilio, porém, apáticos a casa de Deus. Não estavam interessados nos cultos, nas reuniões solenes. Cada um estava preocupado apenas com suas próprias casas. Então Deus levanta o profeta Ageu, para chamá-los a atenção (Ag 1-4-8).

c.     Deus levantou a Zorobabel (O governador) e a Josué (o sumo sacerdote) para animar o povo e construir o templo do Senhor (Ag 1.12-15).

d.    O desejado das nações e a glória da segunda casa. A segunda casa, seria cheia da gloria de Deus, com a vinda do desejado de todas as nações. E, apesar, da casa física, ser bem menor que a primeira, a glória seria maior que o da primeira. Deus não precisa de coisas grandes para derramar a sua glória, basta que tenha lugar, ali ele manifesta sua gloriosa presença. Basta que o desejemos. Você deseja a glória de Deus em sua vida? (Ag 2.6-9).

2.  Deus usa Ciro para libertar o povo. Ciro não era judeu, também não era servo de Deus. Era o rei da Pérsia (550-530 a.C.), mas foi levantado pelo Altíssimo para executar seus planos de libertação do povo de Israel que se achava cativo na Babilônia. Deus usa quem quer, quando quer, do jeito que quer e como quer. Ele é Deus e não pede conselho a ninguém.

a.   Promessas de Deus a Ciro. Ele foi chamado de “seu ungido” (Is 45.1). Já imaginou isso? Mais que isso, ele foi chamado de “o meu pastor” (Is 44.28). Deus é tremendo. Essas promessas, dando até o nome do rei persa ao profeta Isaías, foram proferidas, pelos menos duzentos anos antes dos acontecimentos. Que Deus tremendo.

b.  Ciro liberta Israel do cativeiro. Logo no início do seu reinado, Ciro ouviu o chamado de Deus para executar a grande missão de libertar Israel, cumprindo assim as profecias, que anunciavam o fim do cativeiro (Jr 25.12; 29.10). Aquele homem estranho a Israel, porém, chamado por Deus, não tardou em cumprir os desígnios de Deus. No primeiro ano do seu reinado ele cumpriu o que Deus colocou em seu coração (Ed 1.2,3). A Bíblia diz, que “Despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia...” (Ed 1.1). Isso também é avivamento!

c.   A conclusão do templo. O templo foi reedificado “... por todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do Senhor, a qual está em Jerusalém” (Ed 1. 5).

3.  A necessidade de um avivamento Diz o comentarista da lição: Infelizmente, há uma tendência natural e histórica para o predomínio de uma letargia espiritual no meio do povo de Deus, que outrora foi poderosamente avivado. Assim, presenciamos o crescimento da frieza e mornidão espiritual sobre os corações de um povo ou de uma igreja local. Há lugares em que, décadas atrás, o percentual de cristãos e de igrejas era elevado. Nos últimos anos esse percentual vem caindo. Hoje, o fechamento de igrejas é uma realidade.

Deixe-me ir um pouco mais longe nesse tema. Em muitos lugares, as igrejas estão sendo fechadas, isso é correto. Porém, em outros, o número de professos cristãos está crescendo, porém, apenas professos, não praticantes. Falam, mas não vivem. Como a igreja de Sardes, “que tens nome de que vives e estás morto” (Ao 3. 1). Entendo que isto é ainda pior que o próprio fechamento, porque há um ar de pseudo vida; pseudo crescimento. Como esse falso crescimento e movimento, se pode fazer matérias para jornais, colocar na internet, propagar o crescimento. Porém, em breve, poderá receber a reprovação total do dono da igreja, assim como a igreja de Sardes e Laodiceia.

 

CONCLUSÃO

Há uma mensagem de ânimo para a igreja do Senhor. Quando o povo de Deus se encontra em situação de frieza espiritual, a vontade divina é a de sempre reacender a chama que está se apagando (Is 42.3). Se for preciso, Ele usara uma crise para isso. O Salmista disse: “Foi-me bom ter passado pela aflição para que aprendesse os teus decretos” (Sal 119.71). O Senhor, usará circunstâncias diversas para levar o seu povo ao deserto a fim de falar ao seu coração (Os 2.14). A sua exigência, porém, é que o seu povo se humilhe, busque a sua face e se converta de seus maus caminhos. Então, o avivamento espiritual não tardará.

 

Deus abençoe a todos

Pr Daniel Nunes da Silva

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