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sábado, 28 de março de 2020

JESUS, O HOMEM PERFEITO


LIÇÃO 12
22 de março de 2020

JESUS, O HOMEM PERFEITO


Texto Áureo
E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52).

Verdade Prática
Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus, o Senhor Jesus Cristo é igual ao Pai e semelhante a nós: sua divindade e humanidade não são aparentes; são reais, perfeitas e plenas.

Leitura Bíblica em Classe – Lucas 2. 40-52

Hinos sugeridos  - 481, 45, 106,

OBJETIVO GERAL
Clarificar que o Senhor Jesus Cristo é igual ao Pai e semelhante a nós, ou seja, divino e humano.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
I.                Expor a divindade de Jesus;
II.              Explicar a humanidade de Jesus;
III.            Assinalar a perfeição de Jesus.

INTRODUÇÃO.
Nesse trimestre, foi focado sobre a matéria de antropologia, quer dizer, o estudo do homem. Hoje, no entanto, vamos estudar sobre Jesus Cristo o Homem Perfeito. Não existe outro igual a Ele. Todos os demais seres humanos que já nasceram e viveram e aqueles que ainda hão de nascer e viver sobre a face da terra, o único e inigualavelmente perfeito foi e sempre será o nosso Senhor Salvador Jesus Cristo.
Nossa declaração de fé das Assembleia de Deus, no item 3 diz: Cremos, “No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, e sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo” (Jo 3.1-18; Rm 1. 3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9; 1Tm 2.5).
O credo de Nicéia (325 d.C.) afirma a crença uniforme de todo Cristianismo ortodoxo de que Cristo era totalmente Deus e totalmente homem em uma pessoa. Todas as heresias relativas a Cristo negam uma ou ambas as proposições. Normam Geisler diz: “Apenas isso, como alegação, já o torna singular entre todos os outros líderes ou personagens religiosas que já viveram, o que pode ser comprovado com evidencias factuais”.
Que o Espírito Santo nos ajude a compreender esta maravilhosa e imprescindível doutrina da Bíblia Sagrada.

I.            JESUS, VERDADEIRO DEUS

Neste ponto, será enfocado a divindade de Jesus. Paulo, escrevendo aos Filipenses disse: “que, sendo em forma de Deus, ...” (Fil 2.6). Na Bíblia Hebraica diz: “Apesar de ele viver na forma de Deus, não considerou a igualdade com Deus algo a ser mantido pela força”. Literalmente significa: “Sendo já em forma de Deus”. Diz F.F. Bruce, em seus comentários contemporâneos da carta aos filipenses, “a posse da forma implica em participação na essência”. Aqui há uma prova incontestável da pré-existência de Cristo com o Pai. Em outra passagem Paulo diz: “... que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis” (2Co 8. 9b). A pré-existência fica presumida, de igual modo aqui em Filipenses.
Vejamos outras passagens paulinas, onde Cristo é apresentado como agente na criação: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, seja, potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Col 1.16,117). Vejamos os demais escritores que concordam com Paulo nesta mesma declaração doutrinaria (Jo 1.1-3; Hb 1,2; Ap 3.14). Esse ideia está atada à primitiva identificação cristã de Cristo com a divina sabedoria do AT (Pv 3.19; 8.22-31).

1.    Jesus afirmou ser Iave (YHWH; às vezes aparece em traduções e português como “Jeová” ou em versalete como “SENHOR”. É o nome especial dado por Deus a si mesmo no AT. Foi o Nome revelado a Moisés em Êxodo 3.14 “Eu Sou o que Sou”. Somente o Deus verdadeiro poderia ser chamado de Iavé, nem tão pouco poderia ser adorada (Êx 20.5). O eu nome e sua gloria não podiam ser dados a outro (Is 44.6). Comparemos então – Jo 17.5; Is 42.8 – Jo 10.11; Sal 23.1 – Mt 25.31ss; Jo 5.27; Jl 3.12.
Talvez a reinvindicação mais forte de Jesus, quanto a ser Iavé está em João 8.58: “Antes que Abraão existisse, EU SOU”. Diz Normam Geisler, “Essa afirmação reivindica não só a existência antes de Abraão, mas igualdade com o “Eu Sou” de Êxodo 3.14”. Os judeus em sua volta entenderam tanto essa declaração, que logo pegaram em pedras para apedrejá-lo por blasfêmia. Vemos outras declarações como esta em Marcos 14.62; Jo 18.5,6. Em Isaías 9.6, Jesus é chamado de Pai da eternidade e de Deus forte.

2.    Jesus afirmou ser igual a Deus. Uma das passagens que nos monstra claramente esse fato, foi quando ele perdoou os pecados do paralítico. “Filho, os seus pecados estão perdoados” (Mc 2.5-11). Os escribas falaram corretamente: “Quem pode perdoar pecados, a não ser Deus?”. E então, Jesus prova que ele poderia perdoar pecados, curando aquele paralitico.
Em João 5.21, Jesus fala claramente, para que todos entendessem o que ele queria dizer: “Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer”.

3.    Jesus afirmou ser Deus ao aceitar adoração. Os anjos recusaram adoração (Ap 22. 8,9); Os homens de Deus também (At 14.15). Mas Jesus aceitou adoração em muitas ocasiões (Mt 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 20.20; Mc 5.6; Mt 28.17; Jo 20. 17). Em Apocalipse vemos a adoração do universo ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Ap 5.9-14).
4.    Jesus afirmou ter autoridade igual a Deus. Jesus colocou as suas palavras no mesmo nível que as palavras de Deus. “Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados... Mas eu lhes digo...” (Mt 5,21,22) é repetido vez após vezes. Ele disse: “Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mt 24.35).
5.    Jesus afirmou ser Deus ao autorizar oração em seu nome.  (Jo 15.7; 14.13; Mc 16.17).

II.      JESUS, VERDADEIRO HOMEM

Logicamente que para tornar-se verdadeiro homem, o verbo precisava  encarnar-se. João nos diz: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós...” (Jo 1.14).

1.    Ele esvaziou-se de sua gloria mas não de sua divindade. Paulo, falando aos Filipenses diz: “Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fil 2. 7 – ARC); Na ARA DIZ: “Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,...”.
É um testemunho maravilhoso a favor de nosso Salvador. Enquanto o querubim, que não era igual a Deus, e não tinha forma de Deus, quis subir acima das alturas e ser semelhante ao Altíssimo (Is 14.13); Adão não era em forma de Deus, e quis comer do fruto para ser igual a Deus (Gn 3.5); Jesus, existia na forma de Deus, mas não teve usurpação ser igual a Deus. Até porque, Ele ser igual a Deus, jamais seria usurpação, pois ele o é por natureza. Ele usou essa posição para renunciar  a todas as vantagens ou privilégios que a divindade lhe proporcionava, como oportunidade para o auto empobrecimento e auto sacrifício sem reservas.
 A edição Contemporânea diz: “Ele se despojou a si próprio...” Não de sua natureza divina, visto que isso seria impossível, mas ‘das glorias e das prerrogativas da divindade’. Paulo aqui ensina aos crentes em Filipos, bem como a todos nós: Assim como Cristo deixou de lado seus próprios interesses, por amor às pessoas, o mesmo deveria fazer todo cristão.
Cristo “esvaziou-se”, assumindo a forma de servo (escravo). Ele não trocou sua natureza (ou forma) divina pela natureza (ou forma) de um escravo: significa que ele demostrou a natureza (ou forma) de Deus na natureza (ou forma) de ume escravo. O ocorrido em João 13. 3-5 ilustra bem isso.
Acho simplesmente linda, excelente um verso de um poeta por nome Milton, citado por Kenneth C. Fleming, em seu livro “Ele humilhou-se a sim mesmo, que diz:
Aquela forma gloriosa, aquela luz inefável...
Ele tudo deixou de lado para estar aqui conosco,
Abandonou a corte celestial da eternidade,
Preferiu estar aqui, numa casa escura, de barro mortal.

·      Jesus estava no seio do Pai (Jo 1.18), porém, não estava inativo, mas sim trabalhando (Jo 5.17). Ele foi profetizado no Antigo Testamento. Do Gênesis até Malaquias há profecias sobre o nascimento do Filho de Deus (Gn 3.15; 12. 1-3; 49.10; Ex 12.1-7; Nm 24.17; Dt 15.18; 2Sm 7.16; Is 7.14; 9.6; Mq 5.2,5; Ml 4.2).

2.      Jesus nasceu na plenitude dos tempos. (Gl 4.40).
O docetismo (gr. Dokein, “aparentar”) é uma heresia do final do I século que afirmava que Jesus apenas aparentava ser humano. Eles negavam a humanidade de Cristo, mas afirmavam a divindade.  Eles eram opostos do Arianismo, que afirmava a humanidade de Jesus, mas negava sua divindade. Eles já estavam presente no final da época do NT, pois João já exorta a igreja quanto a isso: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo” (1Jo 4. 2,3).

3.      Provas bíblicas da humanidade de Jesus. O Novo Testamento revela de maneira direta, Jesus como homem: “Porque há um só mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5).Lucas apresenta Jesus nos dois capítulos introdutórios de seu evangelho ressaltando Seus aspectos humanos ao mencionar família, amigos, vizinhos, Zacarias, Isabel, pessoas comuns vivendo numa comunidade. Joao Evangelista diz: “e o verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14).

a.    Jesus tinha ancestrais humanos. Os evangelhos nos traz a genealogia de Jesus, (Mt 1. 18-25; Lc 2. 1-7).
b.    Jesus teve um nascimento humano. Lc 2.4-7
c.     Jesus teve uma infância humana. (Lc 2.21,23; 41-49,52).
d.    Jesus passou fome humana (Lc 4.2);
e.    Jesus teve sede humana (Jo 4.6,7);
f.      Jesus sentou cansaço humano (Jo 4.6);
g.     Jesus teve emoções humanas (Jo 11.35; Lc 13.34; Jo 2.15).
h.    Jesus tinha linguagem e cultura humanas (Mt 1.1, 20-25; Gal 4.4; Jo 5.5-9, 21,22); Ele foi reconhecido pela mulher samaritana como sendo Judeus, mesmo sem dizer nada a ela sobre sua cidadania (Jo 4.9).
i.      Jesus teve tentações humanas (Hb 4.15; Mt 3; 26.38-42);
j.      Jesus era de carne e osso humanos. Ele quando cortado, sangrava como qualquer humano (Jo 19.34; Hb 2.14).
k.     Jesus sentiu dor humana. A ele foi oferecido um analgésico, onde diminuiria a sua dor, mas ele recusou (Mt 27.34). Sua dor foi física e emocional (Mt 27.46). O escritor aos Hebreus narra seus sofrimentos na carne (Hb 5.7).
l.      Jesus teve uma morte humana (Mt 16.21; Rm 5.8; 1Co 15.3; Hb 9.14).





III.    JESUS, O HOMEM PERFEITO

O nosso comentador pergunta: Afinal, o Senhor Jesus era ou não um ser humano semelhante a nós? Responde ele: Sim, era semelhante a nós e melhor do que nós, pois não estava sujeito que ao pecado original, quer ao experimental.
Esse ponto, da continuidade ao ponto II, pois, continuaremos falando a encarnação do verbo.

1.    A humanidade de Jesus.  A sua humanidade não era aparente, como ensinavam os docetistas, (gr Dokein = aparente), dai o nome. Nem tão pouco era apenas humano, como ensinavam os arianos. Os testemunhas de Jeová são discípulos dessa doutrina herética. Para eles Jesus é um ser criado e não Criador como nos ensina a Palavra de Deus (Jo 1.1-3).
2.    Jesus foi o exemplo de homem perfeito e singular. Ele foi perfeito em paciência, bondade e compaixão. Teve compaixão das multidões (Mt 9.36), a ponto de chorar por Jerusalém (Mt 23.37). Apesar de condenar justamente os fariseus que enganavam os inocentes (Mt 23), não hesitou em falar com líderes judeus que demostravam interesse (Jo 3).
3.    A perfeição espiritual e moral de Jesus. O caráter de Cristo era singular de outra maneiras. Ele demonstrou em grau absoluto as melhores virtudes. Somente Jesus viveu absolutamente o que ele falou em Mateus 5-7.
 Tanto no falar quanto no agir, Jesus era perfeito. Nenhum dolo ou engano achava-se em seus lábios (1Pe 2.21-24). Ele era perfeitamente absoluto em todas as coisas.

4.    Sua singular santidade. Alguns dos inimigos de Jesus trouxeram falsas acusações contra ele, mas o veredicto final de Pilatos no seu julgamento foi o veredicto da história: “não vejo neste homem crime algum” (Lc 23.4). Um soldado na cruz concordou, dizendo: “Certamente, este homem era justo” (Lc 23.47), e o ladrão na cruz ao lado de Jesus disse que “mas este homem não cometeu nenhum mal” (Lc 23.41).
O escritor aos Hebreus escreveu dele dizendo: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). O próprio Jesus desafiou aos seus acusadores: “Qual de vós me pode acusar de algum pecado?” (Jo 8.46), mas ninguém foi capaz de culpa-lo de nada. Assim, o caráter impecável de Cristo dá testemunho duplo da verdade da sua proclamação. A santidade de Jesus foi singular (2Co 5.21; Hb 7.26; 1Pe 1.19; 2.22; 1Jo 2.1; 3.7).

Finalmente meus amados irmãos, Jesus Cristo, foi e é a pessoa singular e chave para a concretização dos planos do Pai no que tange a redenção da humanidade. Paulo escreveu aos Romanos dizendo: “Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” (Rm 8. 3).
Como nos ensina Stanley Horton: “A força cumulativa do Novo Testamento é bastante relevante. A cristologia não é apenas uma doutrina para o passado. E a obra sumo-sacerdotal de Jesus não é o único aspecto da sua realidade presente. O ministério de Jesus, e de ninguém mais, é propagado pelo Espírito Santo no tempo presente. A chave para o avanço do Evangelho no tempo presente é o reconhecimento de eu Jesus pode ser conhecido, à medida eu o Espírito Santo capacita os crentes a revela-lo”.
Jesus, além de nos salvar através de sua graça e pelo seu sangue remidor, ele nos capacita, enchendo-nos do Seu glorioso Espírito Santo. Só assim, estaremos capacitados a dizer a todos que Jesus é o Senhor (1Co 12.3).
Jesus, finamente, depois de ressuscitado, voltou aos céus, e esse fato, foi presenciado e testemunhado o retorno vitorioso de Jesus aos seio do Pai (At 1.9-11). Ele está vivo (At 1.3), como nosso sumo-sacerdote, Mediador e Intercessor em favor do pecador diante de Deus-Pai.
Deus abençoe a todos.

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