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segunda-feira, 4 de abril de 2011

SEM NOSTALGIA


SEM NOSTALGIA


A natureza, como num jogo
de antíteses, muda. Transforma.
Não há lembranças do passado.
Nem se quer lembrar!

Pouco a pouco, se vê brotar,
Uma relva pequena e frágil.
Uma flor de cor branca e amarela.
O chão vira uma aquarela multicores.

Ouvem-se uma imensidão de vozes,
que surgem do nada.
Animais que saem dos seus esconderijos,
como que se a seca os amedrontassem.

Murmuram os riachos.
O vento sibila.
O sapo coaxa
Os pássaros cantam.

A semente é lançada na terra.
Os torrões se levantam,
E o milagre de morte e vida
Contrasta-se, dando lugar ao verde.



A memória quer ainda vive,
a miséria do passado.
Dos dias e dias de sol,
Da seca que castigava.

Mas é tão bonito o inverno,
Tão lindo ver o cariri em festa.
Oh Deus, a ti seja a gloria,
Pois a vitória nos deste.


Autor: Daniel Nunes da Silva
Monteiro, 22 de março de 2008

1 comentários:

Diana Lima disse...

Belo poema, enfatiza a grandeza das coisas criadas pelo Senhor Deus.

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